15 dezembro 2011 0 comentários

Diamante Verdadeiro.

Bê! :D

     O que você faria, caso avistasse o maior diamante que já havia visto, e querido? E se esse diamante falasse – as mais belas palavras -, sorrisse – o mais fofo sorriso -, e tivesse sentimentos – os mais adoráveis e apaixonantes deles -? Eu posso te dizer o que fiz: Roubei-o, fiquei-o pra mim e jamais devolvi; jamais devolverei. Amei-o, como a mim mesmo.

     E amo-o, bem mais que ontem, bem menos que amanhã, tendo a  certeza de que esse diamante me pertence, por também me amar. É o que nos prende, nos mantém juntos; o que mantém a bela joia – a Tâmara – ligada à este errático. Haveria então de ser algo muito grande, para que um pertencesse ao outro, sem nunca, jamais, estarmos presos.

     Porque a gente sempre foi de liberdade, assim como sempre fomos de inúmeras brincadeiras e de tantas maluquices, de tantos fatos interessantes, ou não. A gente sempre foi de uma amizade intensa, que atingiu o seu pico, e conseguiu se manter nele  até então. A gente se conhece, se define, se ajuda, se descreve.

13 dezembro 2011 0 comentários

Pegação!

  Bêbado!Rapaz, bêbado tem uma mania de ficar pegando na gente, se encostando, querendo puxar papo. Acho que, ou eles ficam muito carentes, ou a bebida os deixam muito (censurado). Porque, é realmente chato você ter do lado uma pessoa que volta e meia te cutuca, te abraça, e, durante todo o papo, te enche o saco agarrando a sua pessoa. Odeio isso.

     Primeiro, por que não gosto de um cara me agarrando. Né por nada não, mas eu empolo. Tenho alergia aguda, e letal. Pior, quando o cara tá bêbado, além da minha pele, o meu olfato e minha audição também se debilitam; Porque os bêbados tem um hálito desgraçado, e falam alto como a porra. Ou seja, fodem com o seu juízo.

12 dezembro 2011 0 comentários

O Discurso do Rei.

     Agora eu era o rei, um rei cujo trono caíra, inesperadamente, em meu colo. A cadeira em que eu me sentaria, o enorme título que me caberia a partir de então, e a coroa que iriam pôr em minha cabeça, tornariam todos os cidadãos ingleses, e de todos os domínios da Coroa Britânica, meus súditos e admiradores.

      Porém, eu não estava realmente preparado para ser soberano, embora houvesse sido treinado toda uma vida para isso. Eu teria que ser mais do que eu mesmo, teria que realizar funções importantíssimas para todos, e nem tanto para mim. Cumprir agendas, seguir protocolos gigantescos, sorrir, acenar, falar em público. Eu era gago. E estava aí o problema: Como respeitariam um Rei sem voz?Rei George VI

     O Discurso do Rei é um daqueles filmes para se assistir de joelhos, emocionado. Um longa que encontrou no seu tema  terreno fértil para desenvolver um enredo que, sem dúvidas, não o torna forçado, tampouco previsível, monótono.

11 dezembro 2011 1 comentários

Salve, Vasco!

     A cruz de Malta está bordada sobre o peito apaixonado, arfante de um sentimento de idolatria que ultrapassa décadas; costurada sobre o tradicional uniforme, cuja faixa transversal banhou-se de tantas glórias que arrebatou milhões de amantes. Isso é o Vasco!

A Cruz de Malta,

     Esse foi, sem dúvidas, um ano especial para o Gigante da Colina, como há muito não se via. Não se enxergava, há muito tempo, o torcedor cruzmaltino tão feliz e tão orgulhoso de seu time, da sua camisa e de sua tradição. O ano de 2011 pode ter sido o início de uma nova era para o Vasco da Gama. Uma era de vitórias, de glórias e início da revitalização do orgulho cruzmaltino.

10 dezembro 2011 2 comentários

Uneb, bebê!

     Amanhã é dia de prova da Uneb, bebê. Milhões de pessoas desocupadas, e ocupadas e toda a Bahia e periferia, estarão em alguma escola, ou muquifo, tendo os seus cérebros fumaçando de tanto esforço, para conseguir uma vaguinha para as milhares de vagas que a universidade oferece, pra algumas dezenas de curso. Bacana, né?!

     Calma, carai!Mas, vem cá?! Tu achas que eu tô ligando pra isso? Pra falar a verdade, tô me importando mais com a divisão do Pará, amanhã. Porque, acham que eu vou ter consideração com uma universidade que me coloca pra fazer vestibular no Deocleciano? Nada contra, mas sempre que eu faço lá tem um inútil mais inútil do que eu, e desocupado também, que resolve ligar o som no barzinho, ou breguinha, que tem por lá perto. Poxa, custa me convidar pra festa também?!

      Não que eu não queira passar. Claro que quero, gente. Só não acho que eu vá fazer nenhum esforço pra isso, porque, realmente, estou com preguiça de pensar. Sério mesmo. Não pensei o ano todo, pra pensar agora? Já não é um pouco tarde pra essas coisas? Então, a ideia de ser convidado pra festinha do cara mais inútil do que eu, é uma boa pedida.

08 dezembro 2011 0 comentários

Errático [3]

     Ué, postagens às quintas não são comuns. Não eram. Graças a Fernanda Gonçalves e Tâmara Rios, fui forçado à estudar, e, com isso, tive que me ausentar, gradativamente, das funções de blogueiro, escritor do Errático. Como resultado, passei na primeira fase da UFBA e, hoje, sou um dos concorrentes à uma vaga de aluno de jornalismo na Faculdade Federal da Bahia. image

     Porém, como bom escritor e jornalista, tenho que voltar a bater nessas teclas com algum objetivo cult, e volto, então às minhas funções anteriores. Porém, com algumas mudanças estruturais. A partir de hoje, até atingirmos a marca de 30 mil visualizações no blog, as postagens deixarão de serem feitas às terças, sextas e domingos, para serem diárias.

     Os temas, também, mudaram. Deixaram de ter caráter definidos, para serem variados. O que se torna uma surpresa pra você, leitor, que vinha às terças buscando algo mais sério, ou às sextas buscando humor. Agora, decidirei no próprio dia o que postarei, podendo, então, falar sobre qualquer coisa, em todos os dias. Obrigado. Saudações, erráticos. [Augusto Luiz.]

21 outubro 2011 0 comentários

Amigos, amigos.

     Amigos, amigos, são aqueles caras que sempre estão lá, com a camisa oito, prontos para entrar em campo quando qualquer uma das estrelas do seu time, por alguma razão, tem que sair. Não são de brilhantismos e excentricidades, mas sempre podem substituir, à altura, qualquer craque, em qualquer situação, com a humildade de vestir “apenas” a quase inexpressiva camisa oito.Qual nosso problema?

      Amigos são de substituição. São as pessoas que podem substituir o teu pai, quando, por alguns momentos, este se fizer ausente, ou o teu irmão, quando você não tiver um. São aqueles que podem substituir o teu namorado, quando ele tiver de sair de cena. Ou, podem até mesmo substituir o padre, quando a confissão for pesada demais. E, mais, suprir a Laura Miller, quando o assunto for sexo.

     Porque, se bem analisados, os amigos podem, enfim, realizar quase todas as funções. E é para isso que normalmente são treinados. Amigo, amigo de verdade, não é aquele especializado, phD, em uma função. Mas, aquele capaz de ser versátil o bastante para ser o melhor em todas, em absolutamente todas as funções.

18 outubro 2011 3 comentários

Enem, neném!

     Eu juro que não vou entrar em desespero. Juro que não vou. Mas, bem que eu queria, viu?! Rapaz, faltam menos de uma semana pro Enem e hoje, quando eu devia estar com a cabeça enterrada nos livros, exercitando meus músculos cerebrais, pus meus pijamas, as pernas pra cima e fui assistir um filme!

     Tranquilidade! Ultimamente eu estou com a clara sensação de que há algo errado comigo. Por que, sinceramente, a maioria dos meus amigos, agora, está descabelada, correndo para todos os lados e eu, na querida filosofia da ociosidade, estou agora escrevendo pra vocês. Nem me preocupei em revisão, ou fazer boa parte dos simulados que comprei, ou quem sabe em estudar mais um pouco. Gente, fudeu!

     Fudeu, porque eu tenho certeza que no dia da prova eu vou estar completamente tranquilo, vou sentar do jeito mais largado possível, e vou passar a prova toda mastigando chocolate, bebendo água e tentando levar os meus queridos amigos concorrentes ao desespero, com frases assim: “Putz, fácil demais. Próxima!”.

23 setembro 2011 2 comentários

Dama de Vermelho.

     Dama de Vermelho.Eu sabia que ela viria. Por isso, não entendia o motivo da minha tristeza e da minha solidão. Talvez ela estivesse demorando demais… Mas, ela viria. Embora tivesse todos os motivos do mundo para não vir, ela jamais havia me deixado na mão, em todo aquele tempo.  Não poderia, e não seria diferente agora.

     Rodei o salão à sua procura. O baile estava lindo, a música era perfeita, e as pessoas estavam muito bem vestidas… Eu parecia ser o único cara só da festa, o que era muito comum, já que era pra casais e eu tinha convidado ela pra vir comigo; ela, à que eu sempre confiara tudo o que podia-se imaginar. Era viria, viria logo, eu tinha certeza.

     E ela veio.  Todos pararam de dançar. O cantor, no palco, não pôde cantar mais, pois estava boquiaberto.  Eu próprio estava boquiaberto, espantado com tamanha beleza. Sempre fora linda, espetacularmente linda; mas, por mais impressionante que fosse, estava mais ainda. O meu rosto, incrédulo, atestava isso.

20 setembro 2011 5 comentários

Chocolate!

     Não mata, não engorda e não faz mal. Não é ilegal, não é imoral, e não engorda. Todo ser humano, que se preze, tem que pôr o chocolate entre as dez maravilhas do mundo sem hesitar, ou melhor, sem pensar. Porque é, sem dúvida, um manjar dos deuses, o esbanjar da alma na doçura da vida; o pico do leigo paladar humano.

     Vejamos. Obviamente, nenhuma coisa tão gostosa, e tão consumida, não tem suas peculiaridades excêntricas, e suas loucas curiosidades.   O pretinho doce não é exceção dessa regra; é um das maiores exemplificações dela.Chocolate!

      Primeiro, não tem uma origem certa. Dizem alguns que foram os Maias, outros que foram os Astecas, outros dizem que foi a Ana Maria Braga. Não sei, mas vou com a maioria, dizendo que a Ana Maria criou o sujeito. Tá, brincadeira.

     Fato é que os Espanhóis chegaram à América, gostaram (obvio, né?) e o levou à Europa, onde virou artigo de luxo e, depois, foi aberto pra galera, pro povão – por que a venda do chocolate gerava muito lucro! Como gera hoje. O consumo é de – nada mais, nada menos – que 7 (sete) bilhões de dólares por ano. Pouco?!

09 setembro 2011 2 comentários

Cacilda!

      Eu tenho uma habilidade incomum pra fazer merda. Sério. Eu sempre faço merda. Acho que não é porque eu quero. Se for, estou ferrado, porque não sei como parar de fazer. Se não for, pior ainda, porque também não sei. Ou seja, fudeu.

     Eu juro que não gosto de ser tão destrambelhado, desastrado, e desligado. Me sinto quase como um daqueles palhaços que ficam em cima de varas de pau (esqueci o nome daquilo), pra um lado, e pro outro. Aliás, mentira, não me sinto assim não, por que se sentisse seria bom por um lado: eu seria alto.Fiz merda!

     E não tem nada de bom nessa história toda. Porque isso de ser burro sempre me rende inúmeras reclamações. O povo acha até que eu gosto de ser assim, de ser reclamado. Mas eu não gosto, Cacilda! É ruim fazer merda, sabia? Ainda mais quando alguém chega, vê que você fez um cabulosa idiotice, e ainda  te reclama.

06 setembro 2011 7 comentários

Fino Cordel;

     Há um tempo, aqui no blog, que critiquei as telenovelas brasileiras. Soltei o verbo contra a forma com que estavam sendo feitas: seguindo um modelo pronto, uma coisa horrivelmente predestinada e previsível. Era tudo a mesma mesmice.Cordel Escantado;

     Contudo, creio que nesse tempo que passou,  fez-se uma mudança nas estruturas delas, de uma forma que me agrada, que me deixa contente. Tais mudanças, noto, estão na forma com que o enredo é feito, e os temas escolhidos.

     Malhação encerrou, esses dias, uma temporada bacana – nada de extraordinário – mas, como há muito não havia tido; a minissérie, ou novelinha das cinco exibiu uma fase mais madura, e, como sempre, mostrou as linguagens joviais. Porém, percebi que, como inúmeras outras obras, perdeu rumo no fim, e acabou de uma forma que os telespectadores, em geral, não queriam.

     Mas, não é sobre todas as novelas que desejo falar. É uma, em especial, que me chama mais a atenção, e cuja crítica é tema do post de hoje. Cordel Encantado, mostra traços de destaque, e diferenças notáveis de quaisquer antecessora.

04 setembro 2011 0 comentários

História de Amor;

Terceira parte da trilogia de quatro: “A Voz Do Violão”;
Primeira parte: Quanta Gente Veio Ver
Segunda parte: As Seis Cordas D’uma Seresta

     Em todos os dias da minha vida, poucos foram aqueles que acordei bem disposto. Esse não foi um dia desses. Embora tenha dormido muito bem, como um anjinho, acordei pilhado, pulando da cama, lotado de uma adrenalina que consumia o meu juízo, e de um estresse que calava meu coração.

Eu, Tâmara, Allana, Duda Félix, Mãe, Saíze;

     Havia muita coisa à ser feita, muitos detalhes para ajustar, e, infelizmente, estávamos todos cansados, exauridos, e ansiosos; Nenhum de nós, tinha quaisquer condição de tomar qualquer decisão. Mas, tínhamos que tomar. Eram de nós que todos esperavam, que todos procuravam quando precisavam de soluções.

     O que mais doía, porém, era ver pessoas que se amavam, completamente afastadas com tanto trabalho, e olhando-se com total discordância., quando atitudes estremas deveriam ser tomadas. Pior do que ver, era sentir. Certamente, nunca, jamais, estivemos preparados para tudo aquilo que vivíamos.

02 setembro 2011 1 comentários

As Aventuras de Joãozinho;

     Deixa eu te contar uma história? Sim? Tá, vamos lá!

     Joãozinho sempre foi um carinha sacana. Desde que atendia por gente, já podia Super Joãozinho!escrever um manual de sacanagem, pilantragem e assuntos associados, por que já era extremamente experiente e vivido para isso.

     Os únicos motivos pra ele nunca ter escrito suas sacanagens, eram a preguiça e o analfabetismo. Mas, Joãozinho, como um bom sacana que era, nunca foi burro. Muito pelo contrário, era mais esperto que todos que os rodeavam.  Juntos!

     O grande motivo dele ainda ser analfabeto, era que passava mais tempo na direção do colégio, do que realmente na sala de aula. Joãozinho nunca passava trinta minutos na sala, porque nunca conseguia passar da primeira pergunta.

30 agosto 2011 11 comentários

É ela, Dani. Daniela!

     Pense n’uma baiana arretada… Pensou? Agora, confessa que pensou n’uma Ivete, uma Cláudia e uma Daniela. Não?! Mas, como?! Era imprescindível que  imaginassem elas, ou, ao menos, uma delas! Isto é um problema!! E, se não pensaram, o problema não é meu, é vosso. Portanto, procurem um médico!

     Porque, cá entre nós, as estrelas da nossa música são de uma irreverencia,Daniela Mercury; personalidade, e jeitos marcantes para qualquer memória. Além de todo o talento que esbanjam no palco, mostram, nas entrevistas, no contato com a mídia, o quanto são especiais.

     É sobre uma delas que gostaria de falar hoje, aquela que, sem dúvidas é minha favorita. Não seria bobagem ou hipocrisia minha dizer que prefiro Daniela. Não é por nenhuma característica que a distingue demasiadamente das demais, é só pelo gostar mais, por sentir maior afinidade, por sentir maior empatia pela obra. Enfim, pelo conjunto da obra me cativar mais.

28 agosto 2011 0 comentários

As Seis Cordas d'uma Seresta

Segunda parte da trilogia: “A Voz Do Violão”;
Primeira parte: Quanta Gente Veio Ver
Terceira parte: História de Amor;

     ‘As seis cordas de uma seresta’ foi o subtítulo que, de comum acordo, escolhemos. Embora novo, e surgido tão de repente numa das nossas reuniões, traduzia justamente o que queríamos:  a sutileza e a elegância de uma festa, na qual reinariam as seis cordas do violão, e a voz deste instrumento tão ímpar.

As seis cordas de uma seresta;

     Nos  bastidores, víamos claramente a festa crescer, tornar-se grande antes mesmo de sequer chegarmos perto de sua realização. Como mandava o manual, fazíamos tudo antecipadamente, não nos colocávamos como presas para surpresas e para imprevistos. Nunca fomos presas, e, se tínhamos que assumir um papel em todo o enredo, jamais fizemos papel de caça; erámos, todos, caçadores.

26 agosto 2011 0 comentários

Amanhecer,

     Osíris, Isis e Hórus.Certa vez existiu um deus, que com todo o seu esplendor e sua onipotência atraía o olhar invejoso dos outros deuses, que não tão poderosos quanto ele, sempre viviam com o desejo ardente de usurpar-lhe o poder e, assim, ter o seu cargo, a sua função. Aonde quer que fosse, os olhos invejosos perseguiam o deus-Sol, como sombras.

      Não era à toa que Osíris fosse tão poderoso. Era o mais bondoso dos deuses, e, todo o seu esplendor, era prova do seu amor. Representava a luz, a vastidão dos significados que elas trazem para nós. E a sua popularidade, sua bondade, e sua luz, eram os principais motivos de sua popularidade. Além de tudo, ainda era o deus da vegetação e da vida no além.

     Ao contrário de Seth, o deus da escuridão, Osíris era muito popular. Isso fazia de Seth a sombra mais importante daquelas que perseguiam Osíris. Era o mais invejoso, aquele que mais desejava o seu poder, e quem mais tramava para fazê-lo. Seth, irmão de Osíris, desejava tanto o poder deste, que, por fim, tramou e fez sua morte. O deus estava morto, pois sim, eles eram mortais.Isis;

     O mundo então entrou em uma escuridão profunda, imensa. O sol não surgiu, não havia sequer resquícios de luz. Mas, havia o amor. O amor de Isis, deusa, irmã e grande amor da vida de Osíris. Isis chorou, até que não houvesse mais lágrimas, até que não pudesse mais chorar. Seu amor, e somente seu amor, mantinha o mundo vivo, mantinha a vida.

     Vendo o sofrimento de sua mãe, Hórus, filho de Osíris, partiu para vingar seu pai, e restaurar a alegria de sua mãe. Marchou à procura de Seth e o desfiou para uma batalha mortal. Depois de uma sangrenta batalha, que durou inúmeros e incontáveis dias, constituída de golpes hercúleos e de força divina, Hórus venceu Seth e ressuscitou Osíris.

     Em toda essa lenda, Osíris representa o Sol, com todo o seu esplendor; Seth, a noite, a morte do sol, o seu fim; As lágrimas de Isis deram origem ao Rio Nilo, e representam o amor – que sempre triunfa; e Hórus, representa o amanhecer, que sempre trás o Sol de volta, depois de toda a noite, de toda a escuridão.

     Espero que tenham gostado da minha versão para a lenda de Osíris e Isis. Gostaram? Erratifiquem!

23 agosto 2011 0 comentários

Demagogia

     Nem parece hipocrisia, tampouco é. Eu não gosto de demagogia. Não gosto de usar, não gosto de ver. Dizer que odeio seria algo pesado demais, e só por isso não usei o verbo ‘odiar’, pra definir o meu pensamento acerca desse artifício tão usado antiga e atualmente.

     Política e Demagogia;Demagogia: Política que favorece as paixões populares. Ato, ou efeito de agradar com discursos e/ou falas extremamente bajulares, que remetem a um puxa-saquismo nato daqueles que desejam alguma coisa, e chegam aos fins para tal.

     Portanto, já que todas as pessoas são movidas por quereres, e a maioria delas não conhecem os limites para consegui-lo, a demagogia figura entre os meios mais usados para chegar-se á um objetivo. Porque é encarado como o jeito mais afável, e, talvez, menos perigoso de fazê-lo. Contudo, não o é, é bem próximo do contrário disso tudo.

     Pode ser o jeito mais afável para quem não o percebe. Afinal, o sorriso dissimulado e o jeito hipócrita de falar as coisas não podem ser encarados como afável. Pode? E, digamos que também não é o menos perigoso. Isso porque, ao ser demagogo, corre-se o risco, e o geralmente ele se consagra, de subjugar-se ou desdenhar-se do pensamento de outrem.

     Pode parecer confuso, mas eu explico. Vamos lá!

     Digamos que eu não concorde com o que Marília Leite – e cito-a por também saber da sua aversão, e capacidade de reconhecer a demagogia – está falando de uma proposta que ela tenha, pra turma do nosso 3º ano; Eu não concordo com ela, não gosto do projeto. Mas, não falo nada, porque quero que ela aprove o meu projeto...

     Pode parecer uma simples troca de favores, mas a demagogia se esconde por trás disso tudo. Afinal de contas, eu não vou ficar calado enquanto Lila estiver falando, vou ter que concordar, mostrar o meu apoio e, se for um bom político (e entenda todos nós como seres políticos) irei, inevitavelmente, elogiar, incentivar e fazer uma ótima crítica construtiva – e falsa.

     Ótimo, chegamos ao ponto. A demagogia é um ponto fortemente ligado à falsidade. Tão ligado que chega à parecerem – quase – iguais. Porque, falar algo simplesmente para agradar, quando você realmente é avesso ao que está acontecendo, em alto grau, é demagogia. Política e Demagogia II;E, falar isso, à inúmeras pessoas, seja num discurso, numa palestra, ou em mídia de alto alcance popular, configura uma demagogia altamente perigosa para o interesse de toda a população.

     Isso porque muito da mentira das figuras políticas que elegemos, de dois em dois anos, é baseado no ser demagógico que cada político tem. Eles falam o que nós gostamos e ouvir e fazem o que não queremos que seja feito. É mentiroso, é despótico, é ridículo. É demagógico.

     Contudo, não podemos, jamais, confundir demagogia com gentileza. Gentileza é uma virtude humana. A virtude de se calar perante uma pequena coisa que você não goste, para não ferir o outro, a virtude de fazer vista grossa pra uma gafe, ou de fazer um pequeno elogio, à fim de incentivar e levar a moral de uma pessoa, sempre sem fins lucrativos ou benéficos para você, senão, puramente, proporcionar o bem.

     Então, vamos acabar com a demagogia. Soa feio pra quem faz, soa feio pra quem vê. E você, leitor, o que acha? Erratifique! =)

21 agosto 2011 1 comentários

Quanta Gente Veio Ver

Primeira parte da trilogia: “A Voz Do Violão”;

     Quanta Gente Veio Ver;Dadas as partes ruins, vamos falar apenas das boas partes de ‘A Voz Do Violão’, uma obra puramente nossa, de pessoas inexperientes, de pessoas desentendidas de certas situações, contudo de inúmeros guerreiros que levaram afinco o maior desafio que lhes foi proposto. Lutamos, destemidos, com obstáculos muito maiores que qualquer um de nós. Lutamos, como heróis, e vencemos.

     A começar pela ideia. Não seria exagero dizer que precisávamos de muito dinheiro para as nossas pretensões (viagem e formatura), e não tínhamos – quase - nenhum. Então, a ideia deveria ser ousada. E foi, desde o princípio. Surgiu, e devo dizer, surgiu – de brotar do nada - de um papo com Tâmara Rios e Fernanda Gonçalves. E, logo após ter nascido, de duas garotas tão lindas e inteligentes, obviamente já deveria brilhar, e assim foi.

     Lembro, com muito gosto, que logo Nanda pegou o seu caderno, e Tâmara, com sua sapiência incomum, planejava e cunhava; colocava tudo na roda e tudo, tudo tomava proporções ainda maiores. Discutimos com afinco os detalhes, e também as grandes partes do plano. E, então, chegamos à um ponto. Um ponto que toda festa, inevitavelmente, tem: as atrações.

     Nem mesmo questionamos quando a decisão unânime já havia sido tomada. Canindé. Era a atração que todos sonhávamos, era o artista mais bem reconhecido – e melhor cantor – da região. Era, como já disse, um sonho. E todo sonho costuma ser caro. E este era, de início. Mas, prosseguimos. Mesmo com todo samba, com toda a lama, com toda a fama... A gente foi levando!

     Lembro ainda do muito bem quando ligamos pra Canindé, e conseguimos falar com ele, pessoalmente. Lembro que, já naquela ligação, ele talhou o preço, cortou de uma forma que nem os maiores otimistas (nós mesmos) poderiam supor, mesmo desejando. O preço era já bom, mas ainda não cabia nos nossos orçamentos.

     Contudo, continuamos. Via a empolgação nos rostos de Tâmara e Fernanda, e via que aquilo nutria a minha própria. Nós três, com auxílio de minha mãe, levávamos aquilo também como uma aventura, além de tudo. E, trabalhamos em frentes diferentes. Construímos um verdadeiro plano, completamente diagramado.

     Entramos depois em contato com Luciana Mascarenhas – empresária e mulher de Canindé Soares – e sua simpatia foi o nosso impulso para continuar negociando, além de nossa vontade. Convidados, estivemos presentes na sala da casa deles, talhando valores e derrubando um mito que se arrasta – infelizmente – por nossa cidade.

     Dizem que Canindé é metido, que não faz questão de tocar por aqui, que se acha superior aosCanindé e Eu; outros, e que, sempre quer o brilhantismo e o protagonismo das coisas. Mentira. Pura mentira. Estivemos lá, e fomos super bem recebidos (e sou grato eternamente por isso). Nos sentimos em casa, expomos nossa situação, e chegamos á um preço incrível, que cabia no nosso orçamento, e que estava, obviamente, complacente com nosso sonho.

     De quebra, Luciana e Canindé nos ajudaram com as outras atrações do espetáculo – Duda Félix e Silvinha Soares (aquele abraço!). Depois de –quase- fecharmos, Canindé soltou o “me dê esse valor, e levo Duda e Silvinha”. E assim foi. Saímos de lá sem contrato, sem a obrigação de pagar qualquer valor antes do show, por que estávamos em família – e essas foram as palavras deles.

     Saímos de lá com uma ótima impressão, com a autoestima super elevada, e com um show pra fazer. Trabalhando em várias frentes, já tínhamos a quase certeza do local (o Leader Esporte Clube) e já tínhamos uma ótima data. Contudo, o projeto ainda precisava ser comprado por uma parte importante dele: quem iria fazê-lo.

     Expomos para nossa turma de terceiro ano tudo o que havíamos conseguido. Tínhamos medo, entretanto, de acharem que fizemos algo feio escondendo deles por todo aquele tempo, e tínhamos mais medo ainda de não comprarem o nosso projeto sem nome.

     Mas, eles gostaram. E me irradio quando me lembro do sorriso de Marília Leite quando falamos da ideia. Ela comprou a ideia. Todos a compraram. E, juntos, pensamos, calculamos, fizemos. Saíze Carvalho foi um monstro , Allana Muniz foi uma gigante, e Marília foi massa, né pretinha?! E minha mãe, bem, foi mãe de todos nós, algo completamente único.

     Obviamente que alguns fizeram mais do que outros; mas, o grupo, enfim, funcionou. Produção;

     Porque o grupo decidiu a nossa marca, o nosso nome: “A Voz Do Violão”. E, para os engraçadinhos que perguntaram se o violão falava, tive o prazer de afirmar que sim. Que, para todo amante da boa música, ele falava; e tocava o coração de cada um de nós. E a nossa marca que fica, durante todo esse tempo, com o mais belo nome de festa em muito tempo.

     Porém, o subtítulo inicial não foi mantido. “Quanta Gente Veio Ver”. A turma achou que seria pressupor demais um futuro, seria prepotente da nossa parte. E, não foi. Foi apenas uma previsão do que seria, porque, na festa, vendo e encarando todo o nosso sucesso, era a aquela frase que me vinha à cabeça. Com os olhos lacrimejando e brilhantes, eu pensava, eu dizia: Quanta Gente Veio Ver.

     Continua...

19 agosto 2011 0 comentários

Dorgas!

O sol tá dooooidão!”. A frase que mais me impressionou – e me fez rir – na semana, foi também aquela que me fez ter o pensamento mais maluco dos últimos tempos. Por um momento, imaginei um foguete, lançando todas as drogas – reais e imagináveis – do planeta Terra pra incinerar no sol. E, depois, é claro, o sol muito malucão, dizendo: “Tô doooooidão!”.

     Rumo ao Sol;Claro que esse pensamento meio pirado, não sairia da minha cabeça por apenas nada – até porque eu cobro pedágio das besteiras que querem deixar o lar delas. Saiu, porque tem um assunto que anda me perseguindo – e olha que nem tem pés – nos últimos tempos e, tenho certeza, que tem uma enorme vontade de ser assunto do Errático. Só pode, só deve!

     Começou na quarta, quando uma cara muito bacana chamado ‘Rei!’, foi lá na escola dar uma palestra sobre 2012. Ê, meu rei! O rei estava perdido, escrevia de forma super bizarra no quadro, e ainda ficou paranoico com o pouco tempo que tinha para explicar as teorias que passou a vida dele elaborando.

     E a tranquilidade dele não era normal, nem aqui, nem na China. O cara, em raros momentos de exceção - era ‘zeem’, quase parando, a fala se alongando e – quase que eu cochilo; só não fiz isso porque estava ocupado rindo. E esse estado dele me faz voltar atrás, e dizer que na China (dependências de Buda) é normal sim ser ‘zeem’ assim.

     Aliás, penso que Buda dava uma cheirada n’algum negócio. Tenho cá pra mim que ele tinha umasCabô as Dorgas! ervas plantadas no quintal daquelas montanhas lá – sem desrespeitar a religião de ninguém, por favor, isto é humor! E, penso também que Buda deve virar tema do Errático. Pense num gordo que eu admiro, e que tenho muito pra falar!

     Mas, voltando, o ‘Rei’ soltou a frase: “O sol tá dooooidão!”, e eu quase me urino. Cara, ele era muito doido – no bom sentido, claro. Comeu todo o nosso seminário, e deixou a Saíze Freire sem apresentar a parte dela – o que me fez rir mais ainda, o dobro quase. E isso tudo foi doido. Muito doido. E eu nem tinha fumado naquele dia!

     Dorgas!Depois, veio a imagem. Issaê, a imagem desse cachorro ‘práládeBagdá’ aí do lado. Rachei de rir! Os caras na net não tem o que fazer mesmo, daí produzem essas pérolas, pra outro cara que não tem nada pra fazer da vida, ver, e ficar, como um psicopata, ou, drogado, rindo dessas merdas. E eu no bolo, claro, como fermento. Mas, que é bom é!

     O que eu tenho mesmo pra falar sobre drogas? É, acho que falei na aula de Ana Maria [Geografia], hoje de manhã e, creio – e não tenho certeza disso – esqueci o que disse. Gente, eu não fumei hoje. Juro que não fumei! Mas, é que minha memória anda meio baqueada, e eu não ando fazendo muito esforço pra melhorar ela não.

     Porque ando muito ocupado, vendo essas mensagens de dorgas na internet. Ô coisa boa é não fazer nada, viu? E meu sonho segue o mesmo de sempre: passar minha vida, acompanhado – é claro – numa rede. Ê vidão, ê paixão!

     O que vocês têm a falar sobre dorgas?! Erratifiquem!

    Levando no humor. Drogas são prejudiciais! Não façam isso em casa; nem na rua, é claro! – Paradinha para agradecer a super audiência que o Errático teve nas últimas semanas. Recorde de visualizações, recorde de comentários. Muito obrigado!

16 agosto 2011 19 comentários

Putaria Musical Baiana

     Invertendo MPB, temos duas coisas. Primeiro, temos uma música de péssima qualidade; segundo, temos uma sigla diferente: PMB – Putaria [Não] Musical Baiana. Embora não seja propriamente novo, esse estilo vem atraindo inúmeras polêmicas, vem figurando entre os temas mais discutidos e é, sem dúvidas, um baita problema.

Super-Man!

     A Bahia é o berço musical do Brasil. Esta afirmação torna-se indiscutível quando citamos que daqui saiu o samba, João Gilberto [Bossa Nova], Gil e Caetano [Tropicalismo] e, mais recentemente, o Axé Music. Isso sem citar que daqui também saíram Bethânia, Gal, Ivete, Chiclete, Cláudia, Brown... Esqueci-me de alguém? Muitos, né?!

     Contudo, nos últimos anos a terra da música, de uma cultura ímpar vem abrindo espaço pra uma tendência, no mínimo, perigosa.

     Léo Santana;O chamado ‘pagode baiano’, ou, simplesmente ‘swingueira’ constitui-se, basicamente, de um ritmo –espetacularmente – dançante e rico, em contraste com suas de letras medíocres, porcas e de caráter extremamente ofensivo, juntamente com suas coreografias lotadas de erotismo, que denigrem o sexo como relação amorosa e rebaixam os seus dançantes, racionalmente falando, a um nível de ridicularidade e insensatez.

     Caso fosse apenas ritmo, a swingueira seria de uma riqueza tremenda. Sim, porque até o mais sisudo velhinho, ou o mais rabugento jovem, até os mais nerds, tem o corpo balançado, automaticamente, quando ouvem o pagode tocar. Até os mais experimentes críticos, conhecedores, músicos propriamente ditos, reconhecem isto. Caetano disse que o pagode é massa!

     Mas, não o é. O que tem de riqueza de ritmo, tem também de pobreza na letra.

     Por isso não considero o pagode como música. Na minha [leiga e pessoal] classificação, música tem que unir ritmo, letra, melodia e sentido. Não qualquer tipo de sentido, mas aquele que faça com que fiquemos fascinados; seja por já termos vivido aquela situação, seja por despertar sensações que gostaríamos de viver, e etc.

     Márcio Vitor.As letras associadas à esse ritmo, quase sempre, empregam um segundo, terceiro, quarto sentido, quase sempre associados ao sexo, denegrindo–o e manchando a imagem física e psicológica do sexo feminino. E isso não vem de hoje… Quem não se lembra dos clássicos versos: “Agora que tá bom, agora tá bonito, é que chegou o Chico Rola no forró do Zé Priquito…” ? Ou destes: “Me dá o toin, que eu te dô 10 conto…”. Inúmeras outras, precursora do Pagode Baiano.

     As letras, quase sempre, mostram a inaptidão, ou a própria maldade de quem as faz. São deprimentes, se analisadas longe do ritmo. Mas, não é isso o que as pessoas conseguem fazer. Por mais que não gostem, que critiquem, o ritmo atrai, faz dançar, mexer. E a letra condena. E, influenciada pela união de opostos que são letra e ritmo, nasce algo mais bizarro ainda: a coreografia. Resumida em uma única palavra: triste.Pare, pense!

     Discorda? Pare, pense. Consegue? Então, sigamos. Sente-se numa cadeira, de frente pra duas pessoas que estão dançando... Com algodão, ou qualquer coisa do tipo, isole acusticamente os seus ouvidos. Fez? Então, agora, preste atenção. Aguce o seu senso crítico – caso tenha um. O que você vê? O que você realmente vê? É bonito?

     Não, não é. É triste. É feio. E como os grandes feitos ou são frutos de extrema burrice, ou de extrema inteligência, a letra mostra realmente isso. Ou são burros demais, em não saber escrever uma letra, ou são extremamente inteligentes de não querer ela. Burrice ou inteligência?

     Por que o ritmo alucina – e isso só pode ter vindo da inteligência – e a letra atrai a má crítica – e isso só pode ter vindo da burrice; Chego a uma conclusão: Isto não é um grande feito. Nem de perto é. Como uma música de apenas refrão não pode ser. É um perigo.

     Violão,Sim, um perigo. Porque com essa sedentarização que é imposta ao nosso pensamento, é um verdadeiro golpe na cultura. Cada vez mais nascem músicas sem letra, sem sentido – propriamente pensante – e, cada vez menos, se vê a verdadeira essência da música => a mensagem que se passa. E, impensantes, sem inteligência, nada podemos fazer.

     O que se percebem é que se quer nivelar para baixo. E, a indignação que tive, quando vi aparecerem os monstros do pagode no Fantástico, dizendo que era tudo ‘normal’, que as mulheres ‘gostavam’ e que não havia maldade, traduzo aqui hoje, neste artigo. É mentira! Eles não se importam com a arte. Importam-se com as cifras. E só.Ivetão!

     Torço pra que o Sertanejo Universitário, o Forró, a própria MPB, o Samba, o Pagode tomem outras vertentes ao da swingueira. Invistam nas letras, nos sentimentos, nas situações que valem a pena se mostrar como arte. Não caiam na ilusão de que música foi feita somente pra se cantar. É mais do que isso: é traduzir para inúmeras, milhares, de pessoas uma mensagem.

     Rezo pra que os monstros da nossa música (Ivete, Chiclete, Cláudia, Paula, Luan...) continuem à Caetano;pleno vapor. Rezo pra que os mitos da nossa música (Chico, Roberto, Gil, Milton, Lulu...) ressuscitem e voltem a produzir, voltem a mostrar como é que se faz! Rezo pra que o mito Caetano continue à todo o vapor, mostrando –  dando o exemplo – de como se pode ser mito, e produtivo ao mesmo tempo.

     E, falando em Caetano. Não sei dos motivos dele ter dito que o pagode é massa. Talvez goste. Contudo, prefiro acreditar que foi de encontro à censura. Porque, pior do que tudo o que se diz contra o pagode, pior do que tudo o que se faz com o pagode, é pensar em censura. O Brasil não merece isso! Todos tem o direito de se expressar livremente. As consequências disso são outros 500. Mas, tem. E ninguém pode tirar esse direito.

     Censura?! Nunca. Eduquem nas escolas, façam pensar. E, então, teremos, novamente, revoluções musicais e boa música, para todos. O que vocês acham? Erratifiquem!

14 agosto 2011 3 comentários

Meu pai.

     Sempre me achei mais parecido com meu pai, do que com minha mãe. Não em termos de aparência, mas de jeito, propriamente falando. Às vezes noto em mim mesmo o mesmo ar sereno e calmo com que ele enfrenta a vida, o jeito calado, quase mudo, que ele emprega à certas situações. Enfim, a naturalidade com que ele lida com uns acontecimentos, me é tão familiar, que a enxergo em mim, e apenas em nós dois.

     Talvez por isso eu me considere mais parecido com ele, por essa característica tão diferente que nós compartilhamos. Claro que posso, em algumas vezes, chegar ao nervoso extremo, ao stress profundo, e, herdando os genes de minha mãe, soltar o verbo e descer o porrete, como já o fiz algumas vezes. Mas, é ao jeito de meu pai que volto, quando tudo passa, quando a tempestade se esvai. É intensamente o que prefiro, o que gosto.

     Quantas vezes já vi meu pai com um olhar tranquilo e sereno, chegando a parecer vazio até, quando todos à sua volta arrancavam os cabelos e liquidavam o juízo...? Quantas vezes já ri daquilo e achei tudo o máximo...? Muito. E, ah, eu ainda acho. Ou melhor, acho inda muito mais. De meio sorriso no rosto, vejo, com satisfação, o quanto somos parecidos.

     Podem até haver pessoas que achem o nosso relacionamento, como algo não muito bom, ou até mesmo ruim para pai e filho. Meu pai pode até achar isso, como até eu às vezes acho. Mas, pai, a certeza de que nos damos bem, é a certeza de que o nosso papo calado é uma herança sua. Não somos de falar muito em certas situações. Não somos de estender assuntos mórbidos. Somos assim, e, creio, nos compreendemos como somos. E, ninguém mais, compreenderia isso.Kleber, Milena, Augusto.

     Hoje, quando acordei, me veio a frase, que ficou martelando por minutos em minha cabeça: “Tenho que abraçar o meu pai!”. Mas, não como obrigação, era como desejo, como se eu precisasse daquilo, de uma forma quase que substancial, como se viesse se acumulando por muito tempo, e como precisasse se realizar naquele momento.

     Pai, mais do que tudo, te admiro pelo que tu és, pelo que você fez por mim. Quando eu terminar de crescer, quero ser igual você. Assim, desse seu jeito que eu tanto gosto. Esse seu jeitão calado, de não se importar com o que não merece sua importância, esse seu jeito de enfrentar – e vencer – tudo. Pai, você é um exemplo de homem, de pai. Um exemplo que eu pretendo seguir à risca, sem tirar, nem pôr. Pai, é que eu precisava dizer que te amo. Mas, acho que já fiz isso, naqueles abraços de hoje, sem falar absolutamente nada.

    Eu te amo, pai!

A partir de hoje, o Errático terá post’s às terças (políticos, sérios, polêmicos, etc.), às sextas (cômicos, humorísticos, românticos, etc.) e também aos domingos (as séries – ou seja, uma série de post’s sobre determinado tema); Assim, sendo, agora o Errático passa a ter 3 postagens semanais, e não apenas duas, como havia tendo. Abraço, Augusto Luiz.

12 agosto 2011 0 comentários

Meu Jeito (My Way);

Original: Claude François / Jacques Revaux / Paul Anka

Adaptação: Augusto Luiz

Agora, o fim está chegando...

Então, enfrento o último desafio.

Meu amigo, vou lentamente falando,

Contarei meu caso, aqui, em meu covil.

 

Eu vivi tudo intensamente,

Eu viajei por cada e todas as situações;

Oh, mais, muito mais profundamente,

Eu fiz tudo às minhas feições.

 

Arrependimentos? Alguns. Tive que ter,

Mas, tão poucos para contar...

Eu fiz o que tinha que fazer,

E eu vi tudo, sem exceção, sem nada falar.

 

Eu planejei cada caminho do mapa, mudo,

Cada atalho, atenciosamente, no peito.

Oh, mais, muito mais que tudo,

Eu fiz do meu jeito!

 

Sim, houve vezes, e eu tenho certeza que você sabia,
Que eu mordi mais coisas do que podia mastigar...

Mas, quanto à
dúvida, quando ela havia,
Eu a engolia
e a cuspia, até a matar.

 

Eu enfrentei tudo, e continuei de pé,

E fiz do meu jeito...

 

Eu amei, e ri chorando...

Tive minhas falhas, minha parte de derrotas.

Agora, com as lágrimas brotando,

Entrego-me às minhas risotas...

 

E pra que serve um homem? O que ele possui?

Somente tem a si, e ao seu passado,

Serve para mostrar que no presente influi,

Além de não aceitar o seu futuro ajoelhado.

 

E, no futuro, quando apontarem os covardes,

Com certeza de tudo que fiz, direi, sem despeito,

- ‘Oh não, não, não eu!’ – com alardes.

Eu fiz do meu jeito!

 

O meu passado mostra: eu recebi as pancadas...

...E fiz do meu jeito!

09 agosto 2011 0 comentários

A Voz do Violão.

     Se alguém procura algum motivo pra desatualização do Errático, pode colocar a culpa em ‘A Voz do Violão’, e retirar quaisquer da minha preguiça, ou do meu ócio. Até mesmo porque gosto de escrever, tenho vontade de fazê-lo, e nem minha escultural e gigantesca indolência poderia sobrepor isso, salvo raros casos. Augusto

     A ‘Voz’ me consumiu, confesso, desde a raiz dos pensamentos até a vertigem das ações. Faltou tempo, faltou ar, e faltou preparação para enfrentar tudo isso. Entrego a culpa à minha inexperiência, e a minha vontade, cuja força foi de tamanha imponência que sufocou até mesmo seu criador.

     Entreguei-me ao stress, à intolerância. Fui grosseiro, rude, mal-educado, descortês. Coisas que nunca suportei, e que jamais aprenderei a suportar, coisas que me causam náuseas só de imaginar. E, ao imaginar que tive isso, que fui isso, sinto-me mal. Não quis ter tido, e tê-los foi insuportável.

     Mas, entendo o que aconteceu pelo momento. Não que concorde, apenas entendo. Dei o meu sangue por uma coisa, e acabei entregando o meu corpo e o meu pensamento para aquilo. Era um sonho que acontecesse, era um sonho que fosse perfeito, e, vendo o descaso de muitos outros, que deveriam ser parte daquilo, deixei de delegar as tarefas.

     Acompanhei tudo de perto, não como dono, mas como apenas alguém que queria o exímio sucesso daquilo que, junto com todos, organizava. Não quis parecer dono, somente quis me certificar que tudo ocorreria bem, que tudo aconteceria da forma com que foi pensada. E, infelizmente, muito não aconteceu da forma idealizada.

     Errei. Diversas vezes, errei. Não tenho medo de assumir que diversas, muitas, e demasiadas vezes eu fui um tolo, um bobo, um burro e, mais que isso, tudo isso junto. Feri pessoas que eu gostava, e pedi, peço e sempre pedirei desculpas por isso. A minha tolice não se justifica, nem quero justificar uma coisa tão feia e tão sem propósito.

     Não sei quando poderei me livrar dessas consequências todas em mim mesmo. Mas, creio que vaiAugusto, Saíze, Allana; demorar um pouco. Tento restaurar os meus modos, meus jeitos e todos os meus pensamentos. Tento conciliar o que eu já tinha de bom, com o que eu construí nessa longa jornada pela festa, e apagar de mim aquilo que não foi bom, nem proveitoso.

     Isso vai demorar. Sinto que vai demorar mais do que eu queria... É um processo difícil, que vai se arrastar lento, para que enfim possa dar certo. E, enquanto não chego onde eu quero, vou readquirindo as formas, restaurando os conceitos e, mais que tudo, recuperando o que sempre foi, é ainda, e sempre será meu, ou ‘eu’.

     Breve postarei toda a história do sonho que foi ‘A Voz do Violão’, sob o título de ‘As seis cordas de uma seresta. Aguardem, o show começará novamente, e ao público, as minhas graças, críticas, opiniões, amores, e, mais que tudo, aos leitores, Augusto Luiz.

    Muito obrigado, por vossa atenção, o Errático está de volta!

21 junho 2011 0 comentários

Tristeza, Firmeza e Cordialidade.

 

     Tinha dito, no começo deste ano, que não havia percebido mudança alguma desde quando assumiu a presidente Dilma, e deixou o cargo o presidente Lula. E talvez fosse realmente muito cedo para quaisquer notações, ou anotações sobre as características que a mudança traria para o Brasil, já que acabava de acontecer, e não havia, ainda, dado sinais de vida ativa.Presidente.

     Agora, as coisas são bem diferentes, e as diferenças são nítidas. E, a não ser que a presidente já tenha cursado teatro, ou, seja atriz de nascença – e desconhecemos qualquer coisa do tipo – três características do seu governo se desenham e intrigam até mesmo os maiores especialistas, justamente por não acreditar-se, antes, que seria assim, ou sequer, parecido com o que está acontecendo. Tristeza, Firmeza e Cordialidade: são essas as propriedades de Dilma na presidência.

     A firmeza foi notada como conduziu o caso [de provável tráfego de influência] do ex-ministro Antônio Palocci. Mesmo com todas as proporções que o caso tomou, Dilma se manteve relativamente distante do furacão. Obviamente que seu nome esteve ligado à repercussão do caso, mas de forma menos contundente que qualquer outro presidente teria, em um provável caso de escândalo parecido com o seu primeiro-ministro.

    Dilma E Gleisi Hoffmann' Além disso, promoveu a subida da - até então desconhecida, e politicamente inexpressiva – senadora Gleisi Hoffmann ao cargo de ministra da Casa Civil, reafirmando o poderio feminino do seu governo. O ato - e boa parte de sua firmeza está ai – não foi bem visto por boa parte [ou quase toda parte] da cúpula do PT e enfrentou forte oposição do presidente Lula. Mas, Dilma mandou que o fizesse, e foi feito.

     A cordialidade também é bastante notada nesses primeiros meses de seu governo, e, nestes últimos dias teve uma representação bem contundente. O governo de Dilma Rousseff deu início à reparação de uma injustiça histórica. Partiu da presidente a ordem para que convidassem o presidente Fernando Henrique Cardoso para o jantar de recepção de Barack Obama, no Brasil.Dilma E FHC'

    Também, mandou uma carta aberta de felicitações por o aniversário de oitenta anos ao presidente, reconhecendo os feitos de seu governo e a fundamental importância que ele teve para a atual situação da política e economia brasileira. Fato que seu antecessor, fez questão de omitir e destruir. Fez-se, de 2003 à 2010, uma grande campanha para sujar o governo de FHC, e, agora, essa campanha não só teve fim, como teve reparação.

     Contudo, Dilma não parece bem. Não se mostra feliz na presidência. Ainda não casou com o cargo, e demonstra em muitas aparições, tristeza. É possível ver na expressão abatida da presidência que o seu atual emprego lhe cansa e lhe entedia, mais do que a felicita e alegra. Dilma Abatida'

     O que é muito estranho para nós, que estávamos acostumados a ver os sorrisos abertos de Fernando Henrique e Lula, sempre, e sempre mostrando o quão feliz estavam naquele ambiente. Talvez porque tenham lutado muito por ele, e por isso, gostaram de estar lá até o último momento. Coisa que não aconteceu com Dilma, que quase “ganhou” a presidência de presente. Ela não lutou, ou lutou pouco, por ele, e, talvez, ele o esteja entediando demais.

      Torcemos para que isso, e algumas outras coisas mudem e pra que outras permaneçam iguais. Gosto do governo Dilma e dos benefícios que ele vem trazendo para o país. Não se mostrou igual aos anteriores, mas vem respeitando o que é preciso respeitar e continuando com o que é preciso ter continuidade. No mais, críticas virão, principalmente daqui. Por que criticar é preciso, e, pelo menos aqui, não dói.

17 junho 2011 1 comentários

Casei, marvado!

     Óia, não teve jeito não. Tive que casar. Bem que tentei fugir, passei sebo nas canelas e já estava dando no pé, quando tive que voltar. É porque tive que querer casar, tive que aceitar as condições, entupir a boca de farinha pra não falar nada, porque senão teria um grande problema, maior e mais cabeludo que o King Kong. As roupas da mãe de Dart'As roupas da mãe de Dart'

     Já repararam a quantidade de conjugações do verbo ‘ter’, nessa história? Pois bem, eu fui realmente obrigado, e obrigação caceteira - que se não tem sentido figurado nessa história, é caceteira de cacete mesmo. E eu não queria apanhar, ora bolas. Imagina, alguém tão másculo e vigoroso como eu, levando cacete... Isso não existe, ou existirá, mó chéf.

     Portanto, deixei – do verbo fingir que cedi - que pactuava com a paradinha, e botei a velha beca da querida mãe de Dart Clea [linda, muito linda - pra alguns anos atrás, é claro], pus o velho perfume marcante de sempre, uma botina preta sem graça nenhuma, e dei uns tapas na cara pra criar vergonha – e eu só não crio vergonha por que não sei o que ela come – e desisti dos tapas, e de criar alguma. “Coragem, home!” - Foi o que eu me disse.

     E fui. Cheguei lá, na mor elegância que sempre tive, e que sempre me seguiu, e até agora inda acho que não devia ter ido. Lá fui quase que amarrado, enlaçado, prendido. E, no final, tava mesmo era fudido.

     Devia ter fugido. Mas, como sou homem de palavra, mantive a minha. Ora bolas, sendo neto de Lampião, dando murro em ponta de faca, e serrando vidro com os dentes, vou fugir de um casório?!

      Mas, bem que pensei duas vezes antes do sim. Não queria porque nunca gostei desse negócio de tremelique. Gosto de liberdade – do tipo: abrir os braços depois do baba, sem se importar com os cheiros nos narizes das pessoas. E esse negócio de casar, num era pra mim, não. As duas mulheres já mandavam em mim antes, imagina agora... Eita, que nem nisso quero pensar nos próximos vinte anos, ou mais.

    Inté, também, por que o padre era feio – ao contrário das noivas, que eram ‘ulalá’... Sim, eram duas. Teve que ser assim. Afinal, o que você faria se duas mulheres lindas brigassem todo dia por você? Não vai me condenar, né bonitão?! Por isso, mandei que o padre calasse a boca, e casasse logo a gente. Casei, marvado!Casei, marvado!

       E se bigamia é crime, quero ver quem vai me prender! (se for aquela delegada [Fernanda Martinez], penso até trigamia). Porque, tem que ser muito macho, pra enfrentar um cara que tem a ousadia de casar com duas, e ainda manter a harmonia da casa. Sim, I’m foda. Embora não quisesse casar, fiz em alto estilo, hein?

     E se casei, tô casado. Portanto, me desculpem meninas, mas, infelizmente vocês perderam a melhor oferta do mercado. Ele teve que ir embora, e não volta por tão cedo. Agora, que me desculpem os queridos leitores, mas, tenho que ir, pusquê a Lua de Mel aqui vai ser farta, sô. Penso até que vou acabar com a Lua, só pra tirar a última gota de mel. Bem que gostei agora. Eita, é hoje que eu só chego amanhã… Fuiz!

10 junho 2011 0 comentários

Sonhar.

     Sonhar = do verbo, fazer planos improváveis, baseando-se em situações incertas, de uma forma que somente um louco, ou um louco faria. Ou seja, somos todos um bando de eternos psicodélicos, assumidamente alucinados, habitantes do mundo da Lua, à que todos os outros chamam do comum adjetivo de ‘louco’. Que nós, simpaticamente, adotamos. Afinal, bem que é uma característica bonitinha, né?

     Por que, acompanhem o meu raciocínio: Quais são as únicas pessoas que podem passar semanas sem tomar banho, e alegar para isso motivos concretos e inquestionáveis? Além dos mendigos, e pobres, são os loucos, não é? Contudo, calma, só coloquei esse exemplo pra dar graça à graxa. Eu ainda não cheguei ou chegarei a tal estado. Estou falando mesmo é de outro tipo de louco: o sonhador.

Sempre Sonhar'     Do tipo: você sonha. Daí vem uma pessoa e acha que você sonha demais. O que ela lhe diz? “-Deixa disso, seu louco!”. Pois bem, as pessoas acham que é loucura, ou demasiada loucura, ou um poucão de loucura mesmo, sonhar alto. Por quê? Porque a mediocridade é assimilada juntamente com o termo realista, e as pessoas acham que sonhar faz mal. Beber que faz mal, e [quase] todo mundo bebe. Para as pessoas que acham que sonhar é otimismo, peidos pra elas.

     Porque, não é nem de perto otimismo. Pensar alto é querer alto, e voar alto –quando se sabe voar- não é sinônimo de cair. Ao contrário do que alguns – e leia-se babacas – pensam, sonhar é puro realismo, porque as pessoas, sonhando admitem que, dentro da realidade, podem obter o que quiserem –desde os mais altos voos – sem tem que necessariamente cair. Claro que, se alguém insistir em cair, teremos problemas.

     Portanto, vale sonhar e não se contentar com pouca merda, porque só temos uma vida, e viemos pra este cafundó aqui, foi pra brilhar, não pra ser apenas mais um conformado que não busca seu próprio sucesso e sua própria realização. Afinal, quer sonho mais do que viver? E sonhamos com ele todos os dias, quando dormimos e pensamos no dia de amanhã, que provavelmente, será, pra você, uma merda, como o anterior.

     Tá ai, me revoltei.

07 junho 2011 0 comentários

Ronaaaaaaldo!

     Não há dúvidas, quando se fala em Ronaldo Nazário, sobre as suas qualidades como ser humano, e como jogador de futebol. É isso que nos mostra os inúmeros anos de convívio que tivemos com sua imagem, e com toda a alegria que compartilhamos ao vê-lo. Sua vitória foi nossa vitória. Ele - e tenho dito - simbolizou e simboliza a alma brasileira. É brasileiro, sim senhor! Não só de nacionalidade, como de comportamento e coração.

Camisa 9'

     Toda a carreira futebolística, todo o talento que sempre demonstrou, associado aos consequentes dribles, gols e momentos fabulosos, me fazem sempre lembrar de Ronaldo e colocá-lo no seleto grupo dos mitos do futebol brasileiro, ao lado de nomes como Pelé, Zico, Garrincha e Romário, por exemplo.

     Não que comparasse o talento de um, com o de outro. Mas, para demostrar o quanto um jogador pode ser marcante para a história do futebol. Como um jogador pode sair do círculo dos fãs por nacionalidade, para entrar em um muito maior de admiração mundial pelo trabalho que prestou e as alegrias que espalhou.

     Ronaldo, em campo, foi muito mais do que um simples jogador de futebol, e muito mais do que um jogador acima da média. Foi brilhante, excepcional. As suas chuteiras demasiadamente foram lustradas por seus companheiros, e até mesmo admiradas por seus adversários, pelo respeito que impunham, por ele ter sido excepcional. Mais que um jogador, uma referência em campo, um cara em que se podia colocar a bola, porque resolvia.Ronaldo'

     E assim foi durante centenas de jogos. Ele chamava a responsabilidade para si e resolvia. Fosse colocando a bola no fundo das redes, fosse colocando um companheiro na cara do gol, para fazê-lo. Ele brilhou, e brilhou tanto que sua estrela jamais apagará em nossas memórias apaixonadas pelo maior esporte do mundo. Por isso, cabe colocá-lo junto à Pelé, à Zico.

    E o futebol não se sentirá órfão do nosso eterno camisa 9, porque a sua lembrança alimenta os nossos novos craques à buscar o diferencial e aquilo que distingue o nosso futebol dos demais: a genialidade e originalidade individual, somado ao jogo bonito em grupo. Enfim, o drible e a magia, o gol e a explosão de quem já teve Ronaaaaaaaaaldo!

 
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