12 dezembro 2011

O Discurso do Rei.

     Agora eu era o rei, um rei cujo trono caíra, inesperadamente, em meu colo. A cadeira em que eu me sentaria, o enorme título que me caberia a partir de então, e a coroa que iriam pôr em minha cabeça, tornariam todos os cidadãos ingleses, e de todos os domínios da Coroa Britânica, meus súditos e admiradores.

      Porém, eu não estava realmente preparado para ser soberano, embora houvesse sido treinado toda uma vida para isso. Eu teria que ser mais do que eu mesmo, teria que realizar funções importantíssimas para todos, e nem tanto para mim. Cumprir agendas, seguir protocolos gigantescos, sorrir, acenar, falar em público. Eu era gago. E estava aí o problema: Como respeitariam um Rei sem voz?Rei George VI

     O Discurso do Rei é um daqueles filmes para se assistir de joelhos, emocionado. Um longa que encontrou no seu tema  terreno fértil para desenvolver um enredo que, sem dúvidas, não o torna forçado, tampouco previsível, monótono.

     Muito pelo contrário, por sinal. O enredo parece ter sido feito, minunciosamente, para prender o telespectador de frente à televisão, ou às poltronas de cinema, de um modo que reverte a tradição secular da maioria dos dramas históricos: se acrescenta ficção à ele, sem mudar sua direção.

      Somado à isso, as interpretações magistrais de Colin Firth, Helena BonhamO Terapeuta! Carter, e Geoffrey Rush, mostram com determinada realidade o drama vivido pelo Rei George VI, e da rainha Elizabeth (mãe de Elizabeth II), quanto a problema da gagueira de um dos homens mais importantes do país, procurando ajuda para um especialista – reles mortal – australiano.

   Enfim, tudo se alia na produção – independente – britânica, que faturou, entre outros, o Oscar de melhor filme, e melhor ator (para Colin Firth), e a atenção e admiração de inúmeros fãs da monarquia britânica, do cinema, e dos excepcionais roteiros (meu caso). Segue a dica, espero que gostem, tanto quanto eu. Abraços! Erratifiquem!

 

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