10 dezembro 2011

Uneb, bebê!

     Amanhã é dia de prova da Uneb, bebê. Milhões de pessoas desocupadas, e ocupadas e toda a Bahia e periferia, estarão em alguma escola, ou muquifo, tendo os seus cérebros fumaçando de tanto esforço, para conseguir uma vaguinha para as milhares de vagas que a universidade oferece, pra algumas dezenas de curso. Bacana, né?!

     Calma, carai!Mas, vem cá?! Tu achas que eu tô ligando pra isso? Pra falar a verdade, tô me importando mais com a divisão do Pará, amanhã. Porque, acham que eu vou ter consideração com uma universidade que me coloca pra fazer vestibular no Deocleciano? Nada contra, mas sempre que eu faço lá tem um inútil mais inútil do que eu, e desocupado também, que resolve ligar o som no barzinho, ou breguinha, que tem por lá perto. Poxa, custa me convidar pra festa também?!

      Não que eu não queira passar. Claro que quero, gente. Só não acho que eu vá fazer nenhum esforço pra isso, porque, realmente, estou com preguiça de pensar. Sério mesmo. Não pensei o ano todo, pra pensar agora? Já não é um pouco tarde pra essas coisas? Então, a ideia de ser convidado pra festinha do cara mais inútil do que eu, é uma boa pedida.

      Isso porque eu já fiz a prova da Uneb uma vez, ano passado, e gostei tanto que não fiz o segundo dia. Você pode estar achando que foi loucura, mas, nos momentos em que fico na cama pesando os motivos pra eu ver se vale a pena levantar, o da Uneb não pesou nem um pouco. Espero que pese amanhã, pra sorte, ou azar, da sociedade acadêmica.

       Hoje, agora, creio que vou. Não porque acho que vou passar, porque prefiro não achar nada. Mas, porque já fiz meu pai gastar uma grana com a inscrição, e já comprei chocolate e bebida – nada alcoólica – pra levar amanhã. Então, a consideração do, e pelo, meu pai, talvez me faça levantar. Se isso não funcionar, servem os gritos da minha mãe. Eu acho.

     Se nada funcionar, fudeu. Fudeu mesmo, porque todos os meus amigos vão comentar sobre a prova e eu, vagal, vou querer falar dos meus sonhos. Claro que ninguém vai querer saber da minha narrativa, né? Daí eu vou ficar triste, frustrado, mas, nem vou me arrepender.

     Chato? Talvez. Mas, pro pessoal que vai fazer a prova seriamente, vou deixar uma frase que eu mesmo criei. Autoria minha, direitos autorais reservados. “De um vestibular para o outro, eu nunca estudei nada. Mas, a cada um que passava, eu tinha a impressão de que sabia mais. Isso tudo porque eu vivia, e aprendia mais coisas com a vida. Então, vivi tanto, que um dia eu passei.”Uneb? Ah, passei!

     Sério, agora, gente. Amanhã é um dia importante pra todo mundo, e, desejo boa sorte e boa competência pra todos. Provem à que vieram, provem os seus esforços e suas habilidades. Se não passar, paciência. Azar o deles! Outros virão, e estaremos, sem dúvidas, mais preparados. Amanhã, acordaremos com a faca nos dentes, e colocaremos fogo no circo. Passaremos! Vlw, galera!

Comentário pós-post:  Marília Leite, em sua incansável luta de sempre arranjar algum problema nos vestibulares da vida, acabou ‘errando’ a sala que deveria fazer a prova.  A fiscal, com toda a sua paciência, não conseguiu conter o riso quando Lila ‘percebeu’ que, dessa vez, não seria diferente das outras em confundir as bolas. Smiley mostrando a língua

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o texto, Parabéns :)

Augusto Luiz disse...

Brigado! Volte sempre! :D

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