O que você faria, caso avistasse o maior diamante que já havia visto, e querido? E se esse diamante falasse – as mais belas palavras -, sorrisse – o mais fofo sorriso -, e tivesse sentimentos – os mais adoráveis e apaixonantes deles -? Eu posso te dizer o que fiz: Roubei-o, fiquei-o pra mim e jamais devolvi; jamais devolverei. Amei-o, como a mim mesmo.
E amo-o, bem mais que ontem, bem menos que amanhã, tendo a certeza de que esse diamante me pertence, por também me amar. É o que nos prende, nos mantém juntos; o que mantém a bela joia – a Tâmara – ligada à este errático. Haveria então de ser algo muito grande, para que um pertencesse ao outro, sem nunca, jamais, estarmos presos.
Porque a gente sempre foi de liberdade, assim como sempre fomos de inúmeras brincadeiras e de tantas maluquices, de tantos fatos interessantes, ou não. A gente sempre foi de uma amizade intensa, que atingiu o seu pico, e conseguiu se manter nele até então. A gente se conhece, se define, se ajuda, se descreve.