11 dezembro 2011

Salve, Vasco!

     A cruz de Malta está bordada sobre o peito apaixonado, arfante de um sentimento de idolatria que ultrapassa décadas; costurada sobre o tradicional uniforme, cuja faixa transversal banhou-se de tantas glórias que arrebatou milhões de amantes. Isso é o Vasco!

A Cruz de Malta,

     Esse foi, sem dúvidas, um ano especial para o Gigante da Colina, como há muito não se via. Não se enxergava, há muito tempo, o torcedor cruzmaltino tão feliz e tão orgulhoso de seu time, da sua camisa e de sua tradição. O ano de 2011 pode ter sido o início de uma nova era para o Vasco da Gama. Uma era de vitórias, de glórias e início da revitalização do orgulho cruzmaltino.

     Para tanto, há de se louvar a reestruturação pela qual o Vasco passou após os anos tenebrosos nos quais “pertenceu” à Eurico Miranda – uma das figuras mais deploráveis do futebol brasileiro -, principalmente em seu último mandato. A redemocratização – sim, pois a presidência era mera fachada – da política do clube, implicou, também, na retomada de um passado ímpar.

     Tão ímpar quanto a chegada do seu maior ídolo, e um dos seus maiores amantes, ao comando. A chegada de Roberto Dinamite, nesse contexto, representa a renovação; uma renovação tão grande, e cujo governo se diferencia tanto do seu antecessor, que pode ser chamado de revolução. A revolução da cruz de Malta.

      Revolução essa lenta, e gradativa, que sequer dava sinais de estar realmente acontecendo, senão quando analisada à fundo. Uma revolução que tardou à se mostrar, e causou, por sua demora, estranheza e aflição em um povo que a esperava, ansiosos, há muito tempo. Um povo esperançoso mais que demais.

Torcida Apaixonada!

     O começo desse ano mostrou-se desastroso; o que, aliado a anos de poucas conquistas e de uma passagem pela série B, mexeu com a paciência da torcida, e com a aflição por uma volta por cima daquele que sempre foi um time, tradicionalmente, competitivo, mas, que, no entanto, nos últimos anos havia amargado vice-campeonatos e eliminações demasiado precoces.

     Então, mostra-se o pulso firme do presidente em um dos maiores acertos que teve em seu mandato: demitir o então treinador, e contratar, para o seu lugar, Ricardo Gomes. Isso, aliado à contratações pontuais (como a de Diego Souza), gera um time competitivo e disposto, ou contrário do apático time de outrora.

     Tudo isso, aliado ao apoio da maciça e leal torcida, impulsiona, e culmina no título da Copa do Brasil – a primeira da história do Vasco – a vaga para a Taça Libertadores da América, que já não acontecia à anos – e, também, ânimo para que o elenco buscasse os títulos dos campeonatos que ainda competiria (o campeonato Brasileiro, e a copa Sul-americana).

      E assim o fez. Nesse meio tempo, com a chegada de Juninho Pernambucano – ídolo do clube – o time torna-se ainda mais competitivo, até que, no fim do ano, chega à chances claras de conquista dos dois campeonatos, em simultâneo. O que, infelizmente, não aconteceu. Infelizmente, porque, sinceramente, merecia ambos.

     Não escondo de ninguém que sou flamenguista doente, mas, seria mais queTrem Bala da Colina! justo a coroação de um grande trabalho que foi feito. Em um só ano, o Vasco foi vice-campeão da Taça Rio, esteve entre os 4 melhores da Sul-americana, classificou-se para a Taça Libertadores, foi vice-campeão brasileiro e campeão da C. do Brasil.

     Acha pouco? Nesse meio termo perdeu seu técnico, entre outros inúmeros problemas. Mas, se superou, como o Vasco de antigamente. O Vasco que todos querem ver, inclusive seus maiores rivais. E, sobre o Gigante da Colina, só digo mais uma coisa: É, sem dúvidas, o favorito para a Taça Libertadores 2012. Salve, Vasco!

E você, o que acha? Erratifique!

1 comentários:

Antonio Queiroz disse...

É interessante observar a reconstrução de alguns times depois que passam pela série B.
Vasco e Coritiba para exemplificar.Voltaram a elite do futebol brasileiro com uma significativa melhora em sua estrutura.Tanto física quanto adimistrativa.
Não cito o Corinthians, pois, sua história agora se divide em antes e depois de Ronaldo ser contratado e ter negócios em comum com o presidente que estava no cargo, Andres Sanches.
Questão que pode ser debatida em outra oportunidade.
Mudando o foco só um pouquinho.
Pensando bem, para a manutenção do equilíbrio financeiro existente entre os times Eurico era de fundamental participação e manutenção.
Se observar foi logo após ele ser derrotado pelo Dinamite nas eleições para presidente do Vasco.Para que fosse dado inicio a dissolução do clube dos 13.Organização q negociava de formas mais ou menos justa os valores que cada time receberia por transmissão dos seus jogos.
Ninguém é santo, mas ter o clube dos 13 a frente das negociações dos direitos de transmissão impedia a supervalorização de times em detrimento de outros.
Hoje times como Corinthians e Flamengo recebem infinitamente mais que times de Minas ou Paraná e nem comento se for feita a comparação aos times do Nordeste.
Mas isso é outra questão também.
Só voltando ao Vasco....foi mesmo muito bonito ver o Vasco se reerguendo.De fato 2011 foi um ano de muitas alegrias para seus torcedores e isso me alegra muito mesmo.
Afinal sou Palmeirense e como tenho o Vasco como clube/torcida coirmão(a).
Forza Palmeiras !!
Força Vasco !!

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