23 setembro 2011 2 comentários

Dama de Vermelho.

     Dama de Vermelho.Eu sabia que ela viria. Por isso, não entendia o motivo da minha tristeza e da minha solidão. Talvez ela estivesse demorando demais… Mas, ela viria. Embora tivesse todos os motivos do mundo para não vir, ela jamais havia me deixado na mão, em todo aquele tempo.  Não poderia, e não seria diferente agora.

     Rodei o salão à sua procura. O baile estava lindo, a música era perfeita, e as pessoas estavam muito bem vestidas… Eu parecia ser o único cara só da festa, o que era muito comum, já que era pra casais e eu tinha convidado ela pra vir comigo; ela, à que eu sempre confiara tudo o que podia-se imaginar. Era viria, viria logo, eu tinha certeza.

     E ela veio.  Todos pararam de dançar. O cantor, no palco, não pôde cantar mais, pois estava boquiaberto.  Eu próprio estava boquiaberto, espantado com tamanha beleza. Sempre fora linda, espetacularmente linda; mas, por mais impressionante que fosse, estava mais ainda. O meu rosto, incrédulo, atestava isso.

20 setembro 2011 5 comentários

Chocolate!

     Não mata, não engorda e não faz mal. Não é ilegal, não é imoral, e não engorda. Todo ser humano, que se preze, tem que pôr o chocolate entre as dez maravilhas do mundo sem hesitar, ou melhor, sem pensar. Porque é, sem dúvida, um manjar dos deuses, o esbanjar da alma na doçura da vida; o pico do leigo paladar humano.

     Vejamos. Obviamente, nenhuma coisa tão gostosa, e tão consumida, não tem suas peculiaridades excêntricas, e suas loucas curiosidades.   O pretinho doce não é exceção dessa regra; é um das maiores exemplificações dela.Chocolate!

      Primeiro, não tem uma origem certa. Dizem alguns que foram os Maias, outros que foram os Astecas, outros dizem que foi a Ana Maria Braga. Não sei, mas vou com a maioria, dizendo que a Ana Maria criou o sujeito. Tá, brincadeira.

     Fato é que os Espanhóis chegaram à América, gostaram (obvio, né?) e o levou à Europa, onde virou artigo de luxo e, depois, foi aberto pra galera, pro povão – por que a venda do chocolate gerava muito lucro! Como gera hoje. O consumo é de – nada mais, nada menos – que 7 (sete) bilhões de dólares por ano. Pouco?!

09 setembro 2011 2 comentários

Cacilda!

      Eu tenho uma habilidade incomum pra fazer merda. Sério. Eu sempre faço merda. Acho que não é porque eu quero. Se for, estou ferrado, porque não sei como parar de fazer. Se não for, pior ainda, porque também não sei. Ou seja, fudeu.

     Eu juro que não gosto de ser tão destrambelhado, desastrado, e desligado. Me sinto quase como um daqueles palhaços que ficam em cima de varas de pau (esqueci o nome daquilo), pra um lado, e pro outro. Aliás, mentira, não me sinto assim não, por que se sentisse seria bom por um lado: eu seria alto.Fiz merda!

     E não tem nada de bom nessa história toda. Porque isso de ser burro sempre me rende inúmeras reclamações. O povo acha até que eu gosto de ser assim, de ser reclamado. Mas eu não gosto, Cacilda! É ruim fazer merda, sabia? Ainda mais quando alguém chega, vê que você fez um cabulosa idiotice, e ainda  te reclama.

06 setembro 2011 7 comentários

Fino Cordel;

     Há um tempo, aqui no blog, que critiquei as telenovelas brasileiras. Soltei o verbo contra a forma com que estavam sendo feitas: seguindo um modelo pronto, uma coisa horrivelmente predestinada e previsível. Era tudo a mesma mesmice.Cordel Escantado;

     Contudo, creio que nesse tempo que passou,  fez-se uma mudança nas estruturas delas, de uma forma que me agrada, que me deixa contente. Tais mudanças, noto, estão na forma com que o enredo é feito, e os temas escolhidos.

     Malhação encerrou, esses dias, uma temporada bacana – nada de extraordinário – mas, como há muito não havia tido; a minissérie, ou novelinha das cinco exibiu uma fase mais madura, e, como sempre, mostrou as linguagens joviais. Porém, percebi que, como inúmeras outras obras, perdeu rumo no fim, e acabou de uma forma que os telespectadores, em geral, não queriam.

     Mas, não é sobre todas as novelas que desejo falar. É uma, em especial, que me chama mais a atenção, e cuja crítica é tema do post de hoje. Cordel Encantado, mostra traços de destaque, e diferenças notáveis de quaisquer antecessora.

04 setembro 2011 0 comentários

História de Amor;

Terceira parte da trilogia de quatro: “A Voz Do Violão”;
Primeira parte: Quanta Gente Veio Ver
Segunda parte: As Seis Cordas D’uma Seresta

     Em todos os dias da minha vida, poucos foram aqueles que acordei bem disposto. Esse não foi um dia desses. Embora tenha dormido muito bem, como um anjinho, acordei pilhado, pulando da cama, lotado de uma adrenalina que consumia o meu juízo, e de um estresse que calava meu coração.

Eu, Tâmara, Allana, Duda Félix, Mãe, Saíze;

     Havia muita coisa à ser feita, muitos detalhes para ajustar, e, infelizmente, estávamos todos cansados, exauridos, e ansiosos; Nenhum de nós, tinha quaisquer condição de tomar qualquer decisão. Mas, tínhamos que tomar. Eram de nós que todos esperavam, que todos procuravam quando precisavam de soluções.

     O que mais doía, porém, era ver pessoas que se amavam, completamente afastadas com tanto trabalho, e olhando-se com total discordância., quando atitudes estremas deveriam ser tomadas. Pior do que ver, era sentir. Certamente, nunca, jamais, estivemos preparados para tudo aquilo que vivíamos.

02 setembro 2011 1 comentários

As Aventuras de Joãozinho;

     Deixa eu te contar uma história? Sim? Tá, vamos lá!

     Joãozinho sempre foi um carinha sacana. Desde que atendia por gente, já podia Super Joãozinho!escrever um manual de sacanagem, pilantragem e assuntos associados, por que já era extremamente experiente e vivido para isso.

     Os únicos motivos pra ele nunca ter escrito suas sacanagens, eram a preguiça e o analfabetismo. Mas, Joãozinho, como um bom sacana que era, nunca foi burro. Muito pelo contrário, era mais esperto que todos que os rodeavam.  Juntos!

     O grande motivo dele ainda ser analfabeto, era que passava mais tempo na direção do colégio, do que realmente na sala de aula. Joãozinho nunca passava trinta minutos na sala, porque nunca conseguia passar da primeira pergunta.

 
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