21 junho 2011 0 comentários

Tristeza, Firmeza e Cordialidade.

 

     Tinha dito, no começo deste ano, que não havia percebido mudança alguma desde quando assumiu a presidente Dilma, e deixou o cargo o presidente Lula. E talvez fosse realmente muito cedo para quaisquer notações, ou anotações sobre as características que a mudança traria para o Brasil, já que acabava de acontecer, e não havia, ainda, dado sinais de vida ativa.Presidente.

     Agora, as coisas são bem diferentes, e as diferenças são nítidas. E, a não ser que a presidente já tenha cursado teatro, ou, seja atriz de nascença – e desconhecemos qualquer coisa do tipo – três características do seu governo se desenham e intrigam até mesmo os maiores especialistas, justamente por não acreditar-se, antes, que seria assim, ou sequer, parecido com o que está acontecendo. Tristeza, Firmeza e Cordialidade: são essas as propriedades de Dilma na presidência.

     A firmeza foi notada como conduziu o caso [de provável tráfego de influência] do ex-ministro Antônio Palocci. Mesmo com todas as proporções que o caso tomou, Dilma se manteve relativamente distante do furacão. Obviamente que seu nome esteve ligado à repercussão do caso, mas de forma menos contundente que qualquer outro presidente teria, em um provável caso de escândalo parecido com o seu primeiro-ministro.

    Dilma E Gleisi Hoffmann' Além disso, promoveu a subida da - até então desconhecida, e politicamente inexpressiva – senadora Gleisi Hoffmann ao cargo de ministra da Casa Civil, reafirmando o poderio feminino do seu governo. O ato - e boa parte de sua firmeza está ai – não foi bem visto por boa parte [ou quase toda parte] da cúpula do PT e enfrentou forte oposição do presidente Lula. Mas, Dilma mandou que o fizesse, e foi feito.

     A cordialidade também é bastante notada nesses primeiros meses de seu governo, e, nestes últimos dias teve uma representação bem contundente. O governo de Dilma Rousseff deu início à reparação de uma injustiça histórica. Partiu da presidente a ordem para que convidassem o presidente Fernando Henrique Cardoso para o jantar de recepção de Barack Obama, no Brasil.Dilma E FHC'

    Também, mandou uma carta aberta de felicitações por o aniversário de oitenta anos ao presidente, reconhecendo os feitos de seu governo e a fundamental importância que ele teve para a atual situação da política e economia brasileira. Fato que seu antecessor, fez questão de omitir e destruir. Fez-se, de 2003 à 2010, uma grande campanha para sujar o governo de FHC, e, agora, essa campanha não só teve fim, como teve reparação.

     Contudo, Dilma não parece bem. Não se mostra feliz na presidência. Ainda não casou com o cargo, e demonstra em muitas aparições, tristeza. É possível ver na expressão abatida da presidência que o seu atual emprego lhe cansa e lhe entedia, mais do que a felicita e alegra. Dilma Abatida'

     O que é muito estranho para nós, que estávamos acostumados a ver os sorrisos abertos de Fernando Henrique e Lula, sempre, e sempre mostrando o quão feliz estavam naquele ambiente. Talvez porque tenham lutado muito por ele, e por isso, gostaram de estar lá até o último momento. Coisa que não aconteceu com Dilma, que quase “ganhou” a presidência de presente. Ela não lutou, ou lutou pouco, por ele, e, talvez, ele o esteja entediando demais.

      Torcemos para que isso, e algumas outras coisas mudem e pra que outras permaneçam iguais. Gosto do governo Dilma e dos benefícios que ele vem trazendo para o país. Não se mostrou igual aos anteriores, mas vem respeitando o que é preciso respeitar e continuando com o que é preciso ter continuidade. No mais, críticas virão, principalmente daqui. Por que criticar é preciso, e, pelo menos aqui, não dói.

17 junho 2011 1 comentários

Casei, marvado!

     Óia, não teve jeito não. Tive que casar. Bem que tentei fugir, passei sebo nas canelas e já estava dando no pé, quando tive que voltar. É porque tive que querer casar, tive que aceitar as condições, entupir a boca de farinha pra não falar nada, porque senão teria um grande problema, maior e mais cabeludo que o King Kong. As roupas da mãe de Dart'As roupas da mãe de Dart'

     Já repararam a quantidade de conjugações do verbo ‘ter’, nessa história? Pois bem, eu fui realmente obrigado, e obrigação caceteira - que se não tem sentido figurado nessa história, é caceteira de cacete mesmo. E eu não queria apanhar, ora bolas. Imagina, alguém tão másculo e vigoroso como eu, levando cacete... Isso não existe, ou existirá, mó chéf.

     Portanto, deixei – do verbo fingir que cedi - que pactuava com a paradinha, e botei a velha beca da querida mãe de Dart Clea [linda, muito linda - pra alguns anos atrás, é claro], pus o velho perfume marcante de sempre, uma botina preta sem graça nenhuma, e dei uns tapas na cara pra criar vergonha – e eu só não crio vergonha por que não sei o que ela come – e desisti dos tapas, e de criar alguma. “Coragem, home!” - Foi o que eu me disse.

     E fui. Cheguei lá, na mor elegância que sempre tive, e que sempre me seguiu, e até agora inda acho que não devia ter ido. Lá fui quase que amarrado, enlaçado, prendido. E, no final, tava mesmo era fudido.

     Devia ter fugido. Mas, como sou homem de palavra, mantive a minha. Ora bolas, sendo neto de Lampião, dando murro em ponta de faca, e serrando vidro com os dentes, vou fugir de um casório?!

      Mas, bem que pensei duas vezes antes do sim. Não queria porque nunca gostei desse negócio de tremelique. Gosto de liberdade – do tipo: abrir os braços depois do baba, sem se importar com os cheiros nos narizes das pessoas. E esse negócio de casar, num era pra mim, não. As duas mulheres já mandavam em mim antes, imagina agora... Eita, que nem nisso quero pensar nos próximos vinte anos, ou mais.

    Inté, também, por que o padre era feio – ao contrário das noivas, que eram ‘ulalá’... Sim, eram duas. Teve que ser assim. Afinal, o que você faria se duas mulheres lindas brigassem todo dia por você? Não vai me condenar, né bonitão?! Por isso, mandei que o padre calasse a boca, e casasse logo a gente. Casei, marvado!Casei, marvado!

       E se bigamia é crime, quero ver quem vai me prender! (se for aquela delegada [Fernanda Martinez], penso até trigamia). Porque, tem que ser muito macho, pra enfrentar um cara que tem a ousadia de casar com duas, e ainda manter a harmonia da casa. Sim, I’m foda. Embora não quisesse casar, fiz em alto estilo, hein?

     E se casei, tô casado. Portanto, me desculpem meninas, mas, infelizmente vocês perderam a melhor oferta do mercado. Ele teve que ir embora, e não volta por tão cedo. Agora, que me desculpem os queridos leitores, mas, tenho que ir, pusquê a Lua de Mel aqui vai ser farta, sô. Penso até que vou acabar com a Lua, só pra tirar a última gota de mel. Bem que gostei agora. Eita, é hoje que eu só chego amanhã… Fuiz!

10 junho 2011 0 comentários

Sonhar.

     Sonhar = do verbo, fazer planos improváveis, baseando-se em situações incertas, de uma forma que somente um louco, ou um louco faria. Ou seja, somos todos um bando de eternos psicodélicos, assumidamente alucinados, habitantes do mundo da Lua, à que todos os outros chamam do comum adjetivo de ‘louco’. Que nós, simpaticamente, adotamos. Afinal, bem que é uma característica bonitinha, né?

     Por que, acompanhem o meu raciocínio: Quais são as únicas pessoas que podem passar semanas sem tomar banho, e alegar para isso motivos concretos e inquestionáveis? Além dos mendigos, e pobres, são os loucos, não é? Contudo, calma, só coloquei esse exemplo pra dar graça à graxa. Eu ainda não cheguei ou chegarei a tal estado. Estou falando mesmo é de outro tipo de louco: o sonhador.

Sempre Sonhar'     Do tipo: você sonha. Daí vem uma pessoa e acha que você sonha demais. O que ela lhe diz? “-Deixa disso, seu louco!”. Pois bem, as pessoas acham que é loucura, ou demasiada loucura, ou um poucão de loucura mesmo, sonhar alto. Por quê? Porque a mediocridade é assimilada juntamente com o termo realista, e as pessoas acham que sonhar faz mal. Beber que faz mal, e [quase] todo mundo bebe. Para as pessoas que acham que sonhar é otimismo, peidos pra elas.

     Porque, não é nem de perto otimismo. Pensar alto é querer alto, e voar alto –quando se sabe voar- não é sinônimo de cair. Ao contrário do que alguns – e leia-se babacas – pensam, sonhar é puro realismo, porque as pessoas, sonhando admitem que, dentro da realidade, podem obter o que quiserem –desde os mais altos voos – sem tem que necessariamente cair. Claro que, se alguém insistir em cair, teremos problemas.

     Portanto, vale sonhar e não se contentar com pouca merda, porque só temos uma vida, e viemos pra este cafundó aqui, foi pra brilhar, não pra ser apenas mais um conformado que não busca seu próprio sucesso e sua própria realização. Afinal, quer sonho mais do que viver? E sonhamos com ele todos os dias, quando dormimos e pensamos no dia de amanhã, que provavelmente, será, pra você, uma merda, como o anterior.

     Tá ai, me revoltei.

07 junho 2011 0 comentários

Ronaaaaaaldo!

     Não há dúvidas, quando se fala em Ronaldo Nazário, sobre as suas qualidades como ser humano, e como jogador de futebol. É isso que nos mostra os inúmeros anos de convívio que tivemos com sua imagem, e com toda a alegria que compartilhamos ao vê-lo. Sua vitória foi nossa vitória. Ele - e tenho dito - simbolizou e simboliza a alma brasileira. É brasileiro, sim senhor! Não só de nacionalidade, como de comportamento e coração.

Camisa 9'

     Toda a carreira futebolística, todo o talento que sempre demonstrou, associado aos consequentes dribles, gols e momentos fabulosos, me fazem sempre lembrar de Ronaldo e colocá-lo no seleto grupo dos mitos do futebol brasileiro, ao lado de nomes como Pelé, Zico, Garrincha e Romário, por exemplo.

     Não que comparasse o talento de um, com o de outro. Mas, para demostrar o quanto um jogador pode ser marcante para a história do futebol. Como um jogador pode sair do círculo dos fãs por nacionalidade, para entrar em um muito maior de admiração mundial pelo trabalho que prestou e as alegrias que espalhou.

     Ronaldo, em campo, foi muito mais do que um simples jogador de futebol, e muito mais do que um jogador acima da média. Foi brilhante, excepcional. As suas chuteiras demasiadamente foram lustradas por seus companheiros, e até mesmo admiradas por seus adversários, pelo respeito que impunham, por ele ter sido excepcional. Mais que um jogador, uma referência em campo, um cara em que se podia colocar a bola, porque resolvia.Ronaldo'

     E assim foi durante centenas de jogos. Ele chamava a responsabilidade para si e resolvia. Fosse colocando a bola no fundo das redes, fosse colocando um companheiro na cara do gol, para fazê-lo. Ele brilhou, e brilhou tanto que sua estrela jamais apagará em nossas memórias apaixonadas pelo maior esporte do mundo. Por isso, cabe colocá-lo junto à Pelé, à Zico.

    E o futebol não se sentirá órfão do nosso eterno camisa 9, porque a sua lembrança alimenta os nossos novos craques à buscar o diferencial e aquilo que distingue o nosso futebol dos demais: a genialidade e originalidade individual, somado ao jogo bonito em grupo. Enfim, o drible e a magia, o gol e a explosão de quem já teve Ronaaaaaaaaaldo!

03 junho 2011 0 comentários

Quem convida, paga!

    Pode chamar de balela, de idiotice, de caretice, ou do que quiser. Mas, não chame de machismo ou preconceito, por que não é. Acho que é mais uma mania, descendente sei lá de onde, que vem comigo há mor tempão e, creio, deva fazer parte dos meus inúmeros princípios ideológicos, os quais cuido como mesmo zelo e disposição que aplico ao meu cabelo.

   Cavalheirismo Meia-Boca' Não que cuide demasiadamente, ou loucamente, do meu cabelo. Pressupõe-se, então, que não cuido com excessivo cuidado dos meus princípios ideológicos, visto que eles têm conceitos prontos, e são bem grandinhos para cuidar-se sozinhos. O máximo que faço é dar uma olhadinha, e ver se os meninos estão bem.

    Mas, vamos deixar de rodeios para tocar no ponto chave. A minha mania, e creio, ou quero crer, que alguns homens compartilhem da mesma, é de não gostar de ver as moças pagando a conta. Eu, sinceramente, me sinto mal. Não sei porque, mas sempre cresci vendo que era o cara que pagava o sorvete, ou pagava o lanche, não como uma cordialidade, mas como uma obrigação histórica dele. É bonito, eu acho.

    Contudo, mesmo pra mim, tudo isso transcende a tal obrigação histórica ou a cordialidade. Não é simplesmente obrigação, ou tática de conquista – para muitos o é -, é simplesmente algo inexplicável, algo que eu, como ser humano, só poderia explicar tachando isso de axioma ou de loucura muito louca. Prefiro a loucura muito louca.

    Eu gosto, elas não gostam. E eu não posso fazer muita coisa quanto à isso, porque na ordem dos princípios que me regem, contrariar uma mulher está em uma posição mais acentuada. O Ou seja, primeiro elas satisfeitas, e depois a gente pensa no resto, sem esquecer a válvula de escape: tentar enrolar, engabelar, enredar e empacotar a mulher para que ela entenda os seus motivos, sem que ela se contrarie, é claro.

    Daí, pra não ter que explicar toda essa teoria, e não esbarrar no feminismo louco que algumas mulheres desenvolvem hoje em dia – e não vejo um porquê disso ser tão combatido – com uma teoria mais simples e mais aceita: Quem convida, paga. Damas & Cavalheiros

    Me entende? Não? Não creio. Mesmo? É difícil, não é? Pois, então deixo a explicação dessa mania para a querida Saíze Carvalho, que sempre usa do mesmo adjetivo bacana para descrever algumas de minhas ações. O que me diz, meu bem? Só lhe digo que o cara que inventou a estranheza ainda não me conhecia, para exemplificar perfeitamente a sua invenção.

 
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