31 maio 2011 1 comentários

Vermelho E Derretido!

     Andei muito estranho esses dias. De um jeito que nem mesmo eu conseguia suportar, um jeito que maltratava por dentro o meu ser. Andei deveras diferente, aquém daquilo que sempre fui, até que o meu corpo expurgasse esse jeito, de forma lenta e gradual, e retornasse um pouco ao que era. Ainda não completamente, ainda um tanto distante do ideal.

     Acredito que o foco da mudança tenha mesmo sido o exagero da racionalidade, a perda de um pouco do sentimento que sempre prezei e ao qual sempre tive admiração. Não sei como, mas me sentia, nos últimos tempos, quase como um robô, deixando de lado alguns valores, prezando a justiça frente à misericórdia e aos maiores sentimentos. Coisa que nunca fiz muito, que nunca gostei.

Vermelha!

     E quando me vi engendrado no mundo dos negócios, barganhando feito um insensível, falando sem quaisquer emoções, em um discurso quase que ensaiado, e com a retórica na ponta da língua apenas visando o lucro, e quando vi os sucessos de todo esse emaranhado de situações frias e calculadas, foi que novamente percebi, que novamente lembrei algo que vinha perdendo um pouco nos últimos tempos: os verdadeiros motivos meus ideais, me aproximam muito mais do socialismo idealista, do que do capitalismo; minha bandeira é vermelha.

     E notei, em uma situação que vivi há pouco. Quando, negociando para uma festa, peguei-me pensando em cobrar de uma simples baiana, que ganhava a vida vendendo seus acarajés, uma taxa. Logo após concatenar aquela ideia, me repudiei e vi o quanto era louca esta minha fase. Ora, bolas, onde tinha parado o meu senso de cooperação, de ajuda aos outros? Percebi que o meu sincero comunismo, havia se transformado em algo feio e repudiável.

     E não entenda comunismo e socialismo, dos que faloDerretido, aqui, como algo parecido com o que vocês já tenham visto. É algo meu, é uma reinvenção minha, da qual nem mesmo Marx pode discordar. Pois isso convive comigo e obedece às minhas leis e àquilo no que acredito, nasceu com o meu ser e adequa-se à ele e somente à algo que julgo maior que tudo: o amor.

     Portanto, para o bem geral da nação, e meu, quero voltar. Serei novamente fraco e tolo, bobo e ingênuo. É assim a minha essência e assim que quero ser, porque gosto, porque àqueles que realmente que amo, gostam. Viverei assim, amarei assim, pois assim foram os melhores momentos da minha, já nada curta, vida. A bandeira é vermelha e o coração é derretido. No mais, se houverem consequências, tratá-las-ei com misericórdia, ou, em uma pequena exceção, com justiça.

* Esclarecimento:

     Por algum motivo, que desconheço, não consegui postar na última sexta-feira. Portanto, o post agendado para tal dia, só pôde ser publicado hoje. De qualquer forma, peço desculpas aos leitores, acostumados à tradição do nosso blog.

* Mudança:

     A partir do próximo post, o blog irá inaugurar uma nova fase. Além de uma mudança que planejo no seu visual, também enfrentará mudanças na sua estrutura. Os posts de terça-feira assumiram temas mais sérios, polêmicos e/ou discursivos. Os de sexta, por sua vez, terão caráter mais cômico e/ou sentimental. E assim, agradeço.

24 maio 2011 0 comentários

Pré-conceito vs. Preconceito’

     Igualdade, Fraternidade e Amor!O preconceito existe, e esta verdade é irrefutável. Contudo, é irrefutável também a ideia de que foi se tornando, com o passar do tempo, modinha. Foi se tornando uma desculpa, um trampolim para pensamentos absurdos e ações puramente toscas, ingênuas e altamente destrutivas para a sociedade. Tudo isso põe em risco a nossa busca por igualdade, os nossos direitos civis e humanos, e, até mesmo, vejamos isto, a nossa língua.

     Na tentativa de combate à um mal que nasceu com nosso conceito de povo, ou até mesmo antes, no período colonial, vemos que ações contraproducentes e até mesmo prejudiciais são tomadas. Talvez a culpa deva ser creditada ao desespero, ou o desespero seja consequência da pressão aplicada por a situação àqueles que velam por nossas leis, e até mesmo em nós. Talvez seja só modinha.

     Os governos, ao invés de apostar na educação e mudar os alicerces da nossa sociedade, alterando os cursos dos menos favorecidos pelo passado, e drasticamente, investir de forma ultrarradical no combate à pobreza e à desigualdade, vai a vias dos caminhos mais fáceis e dão aos pobres, direitos e ajudas extras. Assim, separam ainda mais a sociedade em classes, e embora obtenham certo tipo de sucesso em seu objetivo, condenam o país à eterna desigualdade. Talvez porque educar fique mais caro. Talvez porque educar era já mais difícil. Talvez porque educar não seja preciso.

     Por que é isso o que está subentendido com as novas decisões do MEC. Livros que incitam o aprendizado da língua padrão, e determina que a sociedade se nivele por baixo, começam e começarão a ser distribuídos. Por que, é claro, criticar construtivamente em prol da educação e sabedoria do nosso povo e manutenção da Língua é agora chamado de preconceito. Aliás, tudo é chamado de preconceito, menos aquilo que deve ser.

     Porque não é preconceito separar a sociedade em raças, cores, origens e o diabo e favorecer uns e detrimento de outros, como se faz com algumas leis, com as cotas, não é mesmo? Por que não se fere o direito da livre expressão quando se proíbe o uso de termos para caracterizar uma pessoa, não é mesmo? Por que é normal obrigar-se o uso do termo ‘afrodescendente’ para designar pessoas pretas, negras, estou certo?

     Esquecem-se o real significado de preconceito. O conceito que é dado antes, por intuição, por rosto, por ideias. Não é preconceito desculpa para as loucuras do Congresso Nacional, ou loucuras agressivas de um povo prestes a ter um colapso em uma sociedade tão vulgar e desprovida de ética. Pré-conceito é uma coisa. Não confundamos com os novos conceitos que a palavra toma com as situações existentes. Estamos errados. Estamos todos errados.

     Não se passa pela cabeça daqueles que velam pelas leis, e de nós, povo, que estamos indo pelo caminho errado. Que só nos livraremos das desigualdades quando assumirmos que elas existem e quando tratarmos como normais. E isso vai acontecer naturalmente, educando-se, e com o convívio com a diversidade existente. Não adianta forçar, e para isso assassinar conceitos, fé e a nossa Língua. Não precisamos matar, para promover a paz. Não precisamos.

Pelo Fim do Preconceito!

20 maio 2011 0 comentários

[O Poder Da Solução’]

     Poder!O poder é o homem mais desejado do mundo. Estampando uma imagem hercúlea faz as mulheres se atirarem e a homossexualidade ser normalizada e consentida. É ambicionado como um diamante, por ser justamente um. Uma joia que concede ao seu possuidor um domínio sobre situações e as pessoas, lhe dá o direito de fazer o que desejar, dominar tudo como bem entender.

     Contudo, é o tipo de relíquia que pode fazer da mão o objeto, e de si o indivíduo. É o brilhante que faz da pessoa um ser sucumbido à si, quanto o corpo não se mostra superior à ele. Enfim, o poder pode representar um perigo quando não bem domesticado. A posse remete a cometer erros jamais cometidos quando se está sem ela.

     Esse direito de agir, de decidir, de mandar é o alicerce que para uma pessoa pode representar o caminho para o topo, porém, é o que também poderá lhe servir de trampolim rumo ao aconchegante calor do inferno, principalmente devido aos seus alvitres. São a corrupção e a soberba os mais conhecidos. A soberba faz com que os valores humanos sejam despercebidos e o ser torna-se capacho de quaisquer sentimentos ou ações fortes o suficiente para tomar-lhe o corpo vago de importantes sentimentos éticos.

     Há quem diga que o mundo é dos espertos, e associam ser astuto com ser corrupto. Essa, a ação de corromper, nada mais é do que a forma com que se utiliza o poder para adquirir certas vantagens, onde uma criatura se beneficia e acaba por prejudicar outra. Operam assim por ter o domínio nas mãos em conjunto com algumas regalias, o que facilita, pois, abusam da posse e depois, para desaparecerem de problemas judiciários, podem usar todas as armas de defesas que eles têm por direito. Inclusive, que se ressalte, isso é uma forma de corrupção.

    O poder da solução está na realização de um imaginário ideal. E você acredita em solução?

[Trecho]

[Fernanda Gonçalves, Augusto Luiz, Tâmara Rios]

17 maio 2011 1 comentários

Brawzolada!

     O Malandro Braw!Braw = (do vocabulário popular) Pessoas com gostos esquisitos para o resto da sociedade – o que exclui o seu círculo de amigos e semelhantes da espécie em ascensão – que fazem questão de expressá-los para todos, sem vergonha ou qualquer tipo de sentimento inibidor. Geralmente andam em bandos, e pode-se identificá-los por seus jeitos extremamente extravagantes, por seus extremos – a cara carrancuda demais, ou de riso bobalhão, idiota e sem-noção.

     Contudo, a melhor e mais eficiente maneira de identifica um braw, se dá por a nossa percepção de pessoas. A nossa aura sente a aproximação de um à metros de distância. Isso tudo porque um braw transparece um sentimento pesado, uma coisa ruim, que o nosso corpo percebe e busca distanciar-se. Não sei bem explicar como acontece, só sei que acontece e ponto.

     Como não poderia ser diferente, nesta micareta estiveram marcando sua maciça e incômoda presença. A Brawzolada foi a peso. Incômoda, mas não tão incomoda por sua graça. Seria trágico, se não fosse hilário. Eles não têm noção. Eles não têm mesmo nem um pouquinho de noção. E não criam noção por que não sabem o que ela come, e por que têm preguiça de perguntar.

     Disse uma leitora, ou eu disse, e achei muito bacana: “Um braw seria uma forma suave de dizerO Carrancudo' malandro, eles tem um jeito próprio de ser, dançam como se quisessem brigar; usam e se vestem de um jeito meio largadão. Não [gosto] muito, há braw’s que não tem conteúdo pra conversar, que só gostam da folia, do trapacear, da doidera.”.

     E outro, I.S.M., foi bem enfático: “Uma pessoa que usa um moicano, meio mundo de brinco, ou um boné aba reta, umas roupas da Cyclone, aquelas bermudas de veludo... Que é feio pra cacete, que anda feio ou então que passa com aquelas caixinhas de som na mão. Ali sim é ser braw, escutando A Bronkka”. [Eu ri pra cacete! Kkkkkkkkkkkkkkk’]. E a Brawzolada, ela te irrita, irrita?

      Por que, é basicamente isso, e mais além. E tudo se resume na frase de Saíze: “Braw é Braw!”. E vai de encontro a qualquer definição fixa. O significado é relativo, muda constantemente e, duvido que alguma pessoa não o tenha usado para definir uma pessoa, ou um comportamento. Por que é isso, e, antes que você queira linchar o autor, responda: O que é Braw para você?

13 maio 2011 0 comentários

O Revés Da Mica!

     Micareta De Jacobina'A micareta é, classicamente, um lugar pra curtir, se jogar na alegria e extravasar. São aqueles dias que você foge da rotina, pra embarcar em uma aventura, onde a adrenalina se eleva, e nos proporciona picos de uma emoção memorável. É alegria líquida, que a gente bebe, e logo vê o efeito.

     Mas, como nem tudo são flores, sempre há aquelas pessoas, que desprovidas de noção, e/ou senso de real diversão, tratam de querer findar a paz alheia, com diversas ações que soam, no mínimo, como intrusivas, chatas e grosseiras. Pessoas que não se importam em, de alguma forma, deixar a micareta de alguém pior, muito ou pouco.

     Existe a galera do puxa. A galera que vai à micareta pra “pescar”, que não se importa com a vontade do outro, e praticamente força o beijo. Pessoas mais velhas que se aproveitam da farra pra praticar a pedofilia, e aproveitar-se da inocência ou malemolência das outras. O respeito vai pros ares, e, existem indivíduos que passam mais tempo dando, ou recebendo negativas do que propriamente se divertindo.

     Isso porque as pessoas são se importam mais em receber um ‘não’, e eu acho isso um absurdo. Uma negativa, que deveria derrubar a autoestima, e baixar a bola do pessoal, agora é tratada como um estímulo. Vai saber o que se passa na cabeça desse povo... Eu não sei, nem quero saber como funciona. Porque eu, em contrapartida, não ficaria nada legal com ‘não’. Tanto é que sempre me esforcei para não levá-lo, e sempre obtive sucesso, modéstia à parte.

     Ainda há os roubos, e às mortes. Embora exista a força policial, para amenizar um pouco essas situações, ainda acontecem e muito dessas pessoasMicareta' partirem para a maldade excessiva e irracional, e praticarem esses crimes horríveis e, para alguns, imperdoáveis.

     No mais, sigo curtindo. Vou para me alegrar e me divertir, e, se alguém não vai: azar o deles. Sigo vendo tudo isso, o medo também me aflige, e sem meu crucifixo no pescoço – que não posso usar por ser de ouro – fecho meus olhos, e uso aquele provérbio, que exprime a minha fé: “O Senhor é meu pastor, e nada me faltará!”. Começa hoje, vamo que vamo!

10 maio 2011 2 comentários

Os Papiros Do Papá’

    Livro Rasgado' Rapaz, fico indignado, puto da vida, quando vejo um livro meu rasgar. Se pudesse, lustrava os meus todos os dias – e só não o faço porque pareceria um maníaco, e porque a preguiça não deixa; deixava-os brilhando e em perfeita forma - de nunca terem sido sequer tocados. Talvez assim, eles ficassem lá, de boa, entocados – ou quase entocados. Por que, só talvez, tivesse a certeza que ninguém fosse buliná-los, só talvez.

     Essa semana, meu livro preparatório para o vestibular, rasgou. Não sei como se deu a procedência da situação. Só sei que deu. Claro que fiquei puto; o meu livro novinho, branco e espetacularmente belo, rasgado. Perdendo a virgindade com o qual foi criado de maneira tão bruta; [bem que prefiro que perca da maneira natural = sendo lido].

     Então pensei no que fazer. E, é claro, tive a brilhante ideia de passar cola na parte rasgada. [Puta que pariu, de onde eu tirei esse meu cérebro burro? No lixo?!] E, com cola branca, comecei cuidadosamente a ajeitar aquelas outrora lindas páginas. Só que eu devo ter algum problema com cola branca, e devo ter esquecido isso na hora que comecei. Porque, depois que findei, estava a coisa mais melecada da minha casa – e tem que se esforçar pra isso!

     Daí fiquei mais puto. E muito mais puto do que inicialmente. Ficou lambuzado, e, pra completar, a cola não pegou. Agora está rasgado e melecado. Não sou um gênio?Livro Novo'

     Poderia ser simples a solução: Não emprestar mais. Mas, eu não consigo. Além de não saber dizer ‘não’, eu gosto de emprestar meus pertences. Contraditório, não? Gosto de vê-los servindo à mais pessoas e situações do que eu e as minhas. Gosto de emprestá-los pra ter com quem conversar depois, em um eventual bate-papo sobre. Gosto de vê-los usados, não rasgados!

     No mais, devo dizer que confio apenas em duas ou três pessoas para emprestá-los [ e isso ME exclui – é bom lembrar]. Porque, não é qualquer uma que pode simplesmente lidar com meus preciosos escritos, papéis, ou melhor, santificados como papiros. Não é qualquer um que pega nos papiros do Papá!

06 maio 2011 0 comentários

Bin Laden X Casamento Real

     Willian e Kate'Foi tudo armado, uma treita cabeluda e milimetricamente calculada. Com toda a sua inteligência, os Estados Unidos da América provaram mais uma vez que são sacanas e boicotaram, de forma nítida, o protagonismo inglês na semana passada. Quando o mundo parou pra ver Willian e Kate casando-se e o presidente americano não sendo convidado, ele pensou: “Tenho que pensar em alguma coisa. Isso não pode ficar assim”.

     Daí reuniu a cúpula e seus generais, o tal Obama, e perguntou-lhes quais suas sugestões. Até que um deles falou que sabia onde o Osama estava intocado, e o presidente gostou da sugestão. “Vamos matar o Osama e salvar a América!”, pensou. Mas, não salvar do terrorismo, e sim desse protagonismo europeu nos últimos dias. Isso era um absurdo para eles.

     E então, mandou caçarem o Osama. Mandou a melhor equipe. Porque, se errassem, estaria em maus lençóis... Pensou bem, muito bem. Mas, a raiva de não ter sido convidado pro casamento, somado à rivalidade histórica de colônia vs. metrópole, foi bem maior que tudo. E, não vamos esquecer, é claro da grande mania que eles têm de ser sacanas.

     Um pequeno mal nisso tudo foi ter demorado demais para agir, e deixar o casamento acontecer... Ora, mas o discurso que o presidente fez compensou tudo. Todo bonitinho, não foi?

     Matar o cara mais procurado do planeta era demagogia. E demagogia por demagogia, era perfeitoObama x Osama o plano. A cabeça de Osama, valia mais do que propriamente a cabeça do Osama. O legal de tudo é que, valendo tanto, ela foi acertada. Acho que queriam ver os miolos maníacos dele também. Vai saber...

     Não seria melhor conduzir gentilmente o tio Osama à Guantánamo pra ele morrer velho lá; a prisão até que ofuscaria o casamento, seria notícia por todo lugar. Mas, esqueceriam logo. Bin Laden morto é um troféu. Assim, toda vez que alguém fizer alguma coisa muito grande, os Estados Unidos aparecem e falam: “Você fez isso? Ahhh, eu matei o Osama!” e depois dão língua, ou dão dedo, sei lá. E vão repetir isso, por tanto tempo...

     Aliás, eu não confundi Osama e Obama não, né? Caso confundisse, o que poderia fazer?

03 maio 2011 0 comentários

Saudade,

     Saudade'Talvez não haja algo mais doloroso do que a saudade. A saudade dói, apertando o peito e dilacerando o coração; capaz de retirar a lágrima mais pura, aquela que fica no fundo d’alma, esperando o sofrimento mor vir, e levar a gente a desejar arrancar o músculo sentimental do peito, e jogá-lo em um lugar que ninguém, jamais, possa encontrá-lo.

     Consome por dentro, e desejamos lavar os olhos, esquecer. Por que até mesmo a dor do esquecimento não se compara. Esquecer-se se torna até a consequência natural. Uma dor, para curar uma maior. Poderia o sofredor queixar-se do esquecimento, se a saudade lhe consome a vida e lhe arranca os momentos de diversão? A saudade dói.

     E dói tanto, porque é consequência direta do amor. Quem ama, sente saudade. E não importa as ramificações do amor, nada que derive de algo tão grande pode ser ignorado. O amor gera a saudade. E, mesmo abandonados, o que sobra, depois da raiva, do ódio, do rancor, é a saudade. É a última consequência de quem ama, antes da solidão, sua maior aliada.Saudade De Amor'

     E então, tentamos, ao sentir, nos distrair. Resistir e lutar. Mas, somos humanos. O que fazer? Pedimos que quem vá leve as recordações, os olhares e afetos. Que leve tudo. Mas, tudo insiste em ficar. E dói. Dói mais. E continua doendo. Enfim, a saudade é o sentimento dos poetas, que tristes e solitários transmitem com o grafite todo o seu pesar ou seu contentamento.

     Porque saudade é sentimento de quem se ama. Até saudade tem seu lado bom, não é?

 
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