01 março 2011

O Palhaço Deputado

    imageSejamos abestados! Ora, pois, por que não ser? Se tudo está uma merda, qual o motivo influente que nos impede de fazer a besteira, de optar pelo errado? Ora bolas, quase nada! Pode até ser que dê certo. Fazemos tudo corretamente e nada dá certo para nós; logo, vamos inverter os fatores para mudar o resultado. Ops, será mesmo que isso dá certo?

    Vamos colocar um palhaço no Congresso Nacional, para que a palhaçada de lá não se dê somente por conta do terno e da gravata – embora obriguem o palhaço à usá-los. Vamos colocar um palhaço no Congresso, pra que a seriedade da corrupção sinta-se ofendida e tenha a brilhante ideia de ir embora. Ou, talvez, coloquem o palhaço pra fora, pra saudar nossa tentativa e taxá-la de insignificante.

    Mas, não. Nada disso. Jamais algo parecido com isso. Como ilustríssimos parlamentares estão sempre à frente de nós, meros seres éticos, armaram uma armadilha, revestida por uma farsa, tão bem feita que proporcionou até uns ares de bondade pro negócio todo. Não nos deixaram por o palhaço lá. O fizeram, ou melhor, nos obrigaram a fazê-lo.

    Revestido por uma campanha de marketing incrivelmente trabalhada, traçada, arquitetada, e por sua própria popularidade, ele está lá, e o seu principal objetivo já foi cumprido: levar outros que não conseguiriam chegar lá sozinhos. Um jogo político, que se aproveitou das falhas do nosso sistema eleitoral. De palhaço à fantoche de um show nada bonito.

    Todavia, não se pode dar à ele o papel de vítima. De forma alguma. Ele é, como os outros, culpados; pois certamente foi alertado, e tinha conhecimento do terreno no qual estava andando. Não há inocência nisso tudo, não há sinceridade nos meandros dessa jogada, tampouco há o riso, tão marcante outrora, tão lindo sempre.

    Agora, aqueles que o colocaram lá querem sua imagem exposta, jogam-nos aos leões sem qualquerimage lealdade, lamento ou piedade. Querem o total esforço daquele que ainda é um aprendiz. Vão usá-lo exaustivamente, usurpar a sua popularidade, sua imagem, ao extremo até que ele não sirva mais para qualquer objetivo, ou qualquer plano do governo. Afinal, ele não é o mais próximo representante do povo? E o que é o povo para o Congresso?!

    Antes, pode ser que já seja ele um veterano - o que no Congresso pode ser encarado como ser corrompido. Pode ser que dê um baile em todo o mundo e consiga nos mostrar que sempre manipulou seus ventrículos errados. Ou ainda, pode ser que a gente acorde, e dê um basta em tudo isso, prezando a ética e a honestidade.

    Não quero que julguem, porém, que o termo palhaço, utilizado aqui hoje para descrever o deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva, como uma degradação, ou qualquer coisa do tipo à imagem do Tiririca. Ao contrário, quero apenas dizer-vos do título que lhe caía tão bem, o qual merecia.

    Foi, por muito tempo, o maior palhaço do Brasil; fez-nos rir deveras. Agora, só não esperamos que continue assim. Infelizmente, já não pode ser o deputado Everardo, o palhaço Tiririca. Abestado, já não posso pedir pra que você me faça rir.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ouvi de várias pessoas que seria um absurdo colocarem o palahaço Tiririca como membro da comissão de Educação e Cultura do Congresso.Será por que o Everardo é Nordestino.Sera que os milhares de votos dos Paulistanos não o credencie para exercer o cargo ou será racismo contra nossos irmãos nordestino.Por que ninguém comenta tanto o João Pedro Cunha,na comissão de Justiço,como um dos participantes do mensalão.Deus é que deve olhar para o Congresso Nacional que é uma vergonha.

Unknown disse...

Adooorei o post !

Não poderia ter descrito esse fato tbm quanto vc Gu ou melhor eu não teria escrito nada mesmo !kkk

beijos.

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