01 fevereiro 2013

Brasil, meu Brasil brasileiro.

     Ontem tardei a dormir, e no sonho chorei. Chorei como criança, soluçando, por sentir tanto por a pátria-mãe. No sonho, ou diria pesadelo?, o país estava em caos total, o governo quebrava e falia, as empresas privadas vinham abaixo. E o povo, o pobre povo brasileiro estava abandonado no espaço, no lugar que antes se dizia ser o nosso pátrio-território.

     Nossa bandeira ainda trepidava no alto, mas jazia rasgada e manchada. Os mais ricos tinham fugido do colapso, e os pobres estavam mais pobres. Era o fim, todos sabiam; o final da nossa casa, a ruína da nossa terra, a morte do nosso povo. Doeu; mesmo ilusão, a dor foi lancinante, terrível. Porque caímos, se somos grandes? Somos o melhor povo, não somos?

Triste Brasil

     O pesadelo talvez tenha sido tão terrível por apresentar ampla semelhança com a realidade. O país hoje vive momentos ruins, quase trágicos. Outros, mais que isso. Acordo, abro o jornal, e as primeiras notícias me causam enorme Déjàvu. Seria, tudo aquilo que parecia ficção, apenas um presságio do que estava por vir? O Brasil, que Brasil?, cairá, por fim?

       Vejam-se os fatos: na eleição para presidência do Senado, um homem notoriamente corrupto, e conhecidamente incapaz, vence a eleição, derrotando aquele que, considerado por muitos, tem idoneidade e representaria progresso pra casa. Um corrupto que se senta à cadeira tantos anos esquentada por outro notório desmoralizado, de nome José Sarney.

     As notícias mais abaixo, davam conta da tragédia de Santa Maria. Como, em um mundo contemporâneo e dito moderno, ainda pode compreender tamanho desmantelo? Indigna-me, e deveria ser assim com todos que tenham o mínimo de compaixão. Aconteceu no Brasil, como já tinha acontecido em outros lugares. Mas, como aqui tudo cresce e floresce, em nosso solo a tragédia foi maior, teve proporções de genocídio.

     E depois mortes, roubos e mais mortes. Sangue, gente. Nossa bandeira está manchada com sangue de inocentes; vemos o nosso povo morrer todos os dias, e a inércia é a ação de que dispomos. Nossos políticos são corruptos, assim como nosso povo o é; e esses nossos inimigos, todos eles, estão no poder. Somos loucos, irresponsáveis e burros. Somos inúteis.

     E assim, continuando assim, quanto tempo demoraremos até chegarmos ao meu pesadelo? Temo que temos poucos tempos, poucos anos. Temo que o colapso é o futuro da nossa sociedade verde-amarela. Pelo menos, será se o povo não compreender o significado da frase com qual encerro o meu texto, parte do livro A Fúria dos Reis, de George R.R. Martin.

O poder reside onde os homens acreditam que reside.
Nem mais, nem menos."

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