12 fevereiro 2013

Cucurrucucu, para Paloma

Original: Cucurrucucu Paloma (Tomás Méndez)
Adaptação: Augusto Luiz

Dizem que às noites ele sequer conseguia chorar.
Dizem que não comia, e que passou apenas a beber.
Juram que o próprio céu tremia ao ouvi-lo prantear.
E sofria tanto por ela, que a foi chamando até morrer.

Ai, ai, ai, ai, ai, cantava.
Ai, ai, ai, ai, ai, gemia.
Ai, ai, ai, ai, ai, chorava.
E de paixão mortal, morria.

Uma pomba triste, cedo da manhã canta calma,
Na casa solitária, com sua porta fechada.
Juram que essa pomba não é outra coisa senão sua alma,
Que inda espera o retorno de sua amada.

Cucurrucucu, canta a pomba.
Cucurrucucu...
Não chores. O coração dela é pedra, respondem as flores.
E as pedras jamais, pomba, que podem saber de amores.

Obs 1:   Poesia pulicada em homenagem às 25 mil visualizações ao blog. Muitos obrigados às suas fidelidades e ao tão bom público de que este blog dispõe, e voltem sempre!  ;)

  Obs 2: Esta poesia, versão daquela famosa música em espanhol de Tomás Méndez, e seus versos adaptados e aportuguesados estão sob direitos autorais reservados. Se for divulgar, anuncie o autor.

Vejam a belíssima poesia cantada por Caetano Veloso, trilha e trecho do maravilhoso “Hable com Ella” do maravilhoso Pedro Almodóvar:

Cucurrucucu Paloma - Caetano Veloso

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