25 fevereiro 2011 0 comentários

Cala A Boca, Anita!

    Seu polícia devia estar com as pernas pra cima, comendo uma deliciosa rosquinha e pensando na morte da bezerra, quando o telefone teimou em lhe incomodar, tirar-lhe do maravilhoso e viciante ócio. Obviamente que ficou zangado com tal perturbação, como qualquer cristão ficaria. Mas, creia, ele teria mais motivos do que qualquer um de nós.

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    Acontece que quem ligou, na santa maldade de quem perturba, o fez pra denunciar que o namorado não calava a boca. Vejam que sacanagem, interromper o programa relaxante de alguém, pra queixar-se do namorado falastrão. Ela, pelo menos, não atirou o telefone nele, ou é o que se presume, já que preferiu telefonar para a polícia.

    - Mas, ele não cala a boca, fala demais, tá me enchendo o saco! - ela decerto falou.

    - Você não tem saco! - ele deve ter pensado, já mais irritado com a situação incômoda.

    Sabiamente, o ilustríssimo policial desligou o telefone e alegou, para sua própria consciência, e pra o entendimento de quem quisesse saber, que fora um trote, uma brincadeira, de muito mal gosto, diga-se de passagem. Já nem lembrava o caso, e se passaram apenas alguns minutos para isso, quando o telefone tocou novamente, e era a mesma mulher, e era a mesma queixa, mas a chatice daquilo era maior.

    Foram necessárias três ligações, para que ele deixasse, à contragosto – e xingando Deus e o mundo por isso – o recinto profissional e se encaminhasse à casa de Anita Lewis, na Flórida. Decerto que sua irritação aumentou muito quando chegou à casa. Por dois motivos:

  • 1º - Seria bem mais legal para ele, que o seu algoz [e leia-se: pentelha] fosse uma moça simpática e tivesse qualidades visuais admiráveis. Sendo assim, ele lhe pediria uma recompensa, para sanar os danos sofridos e estaria tudo bem. [E ele podia imaginar inúmeras formas disto acontecer]. Não era. Ao invés disso, não era moça, era uma senhora cuja foto dispensa caracterização.

- Que merda! – deve ter pensado ao vê-la, e repetido o pensamento ao ouvir suas queixas exaltadas.

  • 2º - O alvo das queixas da Sra. Lewis, seu namorado falastrão, estava calado quando o policial chegou à casa, com as pernas ao léu, com um copo de cerveja na mão. Um legítimo caso de uma cara que está ‘de boa’. Admirou-se, o sujeito, com a visita do policial. Fez cara de espanto e convenceu o companheiro de ócio, e de cerveja. Faltava uma rosquinha pra ele.

    Pra não perder o esforço da viagem e exercer sua autoridade, advertiu o casal e, provavelmente, deu uma golada na gelada. Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. Encaminhou-se de volta ao seu local de trabalho. Logo, teve cerca de 30min de paz, antes que Anita novamente ligasse, e antes dele xingar o diabo por isso. Ele voltou à residência, virado no capeta e injuriado com tamanha sacanagem.

    O cara calado, com sua cerveja na mão, a mulher gritando e reclamando que o namorado continuava sem parar de falar. O ilustríssimo, seu polícia, nem sequer pensou duas vezes antes de algemá-la e levá-la para a cadeia, sob alegação de obstrução do trabalho policial.

    A lógica era simples: Levando-a, se livrava das queixas, gritos e ligações incômodas, – e para isso deixá-la-ia isolada, sem qualquer possibilidade de ser absurdamente chata - e ainda livrava o pobre coitado do namorado dela [um santo em seu julgamento]. No mais, ‘Cala A Boca, Anita!’.

Post baseado em história real, cuja imagem leva ao link da notícia.

22 fevereiro 2011 0 comentários

1987: O Ano Circense

     Não vou me alongar.

    Resumir cinquenta anos em cinco é coisa do Juscelino. Portanto, não vou me atrever em resumir quase vinte quatro anos em algumas linhas, até porque seria uma tarefa demasiada complicada e  o post tomaria proporções gigantescas. Sendo assim, convido vocês, caros leitores, a clicarem nas imagens do post, pois possuem links ótimos para boas matérias acerca da polêmica de 87.image

    Fato é que foi um circo, em que vários palhaços se revezaram para manter o espetáculo, daquela que foi, e ainda é, a maior polêmica do futebol brasileiro de todos os tempos. Bem que a picuinha proporcionada pela unificação dos títulos, nos quais os títulos pré-brasileirão [e leia-se: campeonato de várzea], tentou, mas não tirou-lhe o título. Uma rixa sem futuro previsível e com poucas certezas.

    Apenas décadas depois do final da Copa União de 87 – campeonato brasileiro que só acabou em 88, ou melhor, ainda não acabou, e talvez jamais acabará – o Clube de Regatas do Flamengo teve o seu título legítimo reconhecido. Depois de inúmeras declarações picantes, provocações marcantes, batalhas de torcedores, e embates judiciais. Enfim, homologado. Enfim, justiça feita.

    Não que fizesse muita falta, já que todos [e tomem como as pessoas de juízo correto] já sabiam e consideravam o Flamengo campeão. Contudo, é o reconhecimento de uma conquista, e é bem-vinda. É a justiça feita ao astro Zico e companhia limitada e à maior, mais leal e apaixonada torcida do planeta.

    E não aceito que ninguém dê piti mais sobre esse tema. É bom que qualquer torcedor de algum time grande do Brasil saiba que o seu clube assinou documentimageos reconhecendo e comprovando o Flamengo como legítimo campeão daquele ano, inclusive o São Paulo Futebol clube, que resolveu atropelar seu passado, suas assinaturas e palavras, e assassinar a ética em prol de interesses egoístas e mesquinhos.

    Aliás, vai ser superbacana ver o presidente tricolor devolver a ilustríssima Taça das Bolinhas. Uma ação na justiça já o obriga a devolver. A cara de tacho de alguém que toma posse de algo que não é seu, que jamais foi seu, e que depois tem que devolver ao verdadeiro dono. A Taça é nossa e ficará definitivamente na Gávea, mas essa polêmica ainda promete muito. Promete tanto que até o Santo [e leia-se: mascote do São Paulo] já não acredita.

    Nem me alonguei! Smiley mostrando a língua

18 fevereiro 2011 1 comentários

Presidenta?!

    imagePresidenta: Palavra gramaticalmente aceita, ridiculamente falada.

    Dizem os linguistas, os mais entendedores da Língua Portuguesa, e os ilustres professores de português, que o uso do termo ‘Presidenta’, pra designar uma mulher que preside, não é incorreto. Contudo, jamais vi alguém falar disso com um sorriso, vontade, ou, no mínimo, satisfação no rosto. Falam quase que forçados, o que me leva a entender que não concordam.

    Eu não concordo. Eu não concordarei. Aliás, em todas as vezes que ouço o uso desta palavra meus ouvidos doem, e a parte de mim que gosta da nossa língua, lateja, implora por uma réplica, implora pra que eu corrija aquele infrator que fala. Porém, não posso, não devo. Afinal, se dizem os linguistas e os próprios dicionários que é correto, não é de minhas possibilidades a correção de algo que é correto, embora feio e de uso duvidoso.

     Assim, apelo ao bom-senso – que falta à maioria das pessoas. Sempre que há uma discussão sobre essa polêmica (sim, pra mim já é polêmica), eu exponho meu ponto de vista, faço o papel de oposição e, incrivelmente, vejo que a maioria, formada por inúmeras mulheres, concorda comigo. Logo, porque o uso desta palavra, se as próprias mulheres rechaçam o seu uso? Qual o porquê de tudo isso?

     Dizem os maiores defensores do uso desta, que é o feminismo a gasolina disso tudo. Mentira. Não vejo nada de feminista nesta ação, não vejo a elevação das mulheres à lugar nenhum com o uso deste termo, nem vejo esse como um caminho à equanimidade entre os gêneros. Não vejo nenhum dos ideais feministas à toda essa situação. Feminismo não é, é jogo de interesse de alguns, jogo político.

     Jogo político, usado violentamente no ano passado para atrair votos de mulheres à uma candidata mulher e que transformou o uso do termo em modinha. O termo, até então quase desconhecido, foi lançado à nós, povo, de uma maneira agressiva. Fomos forçados à vê-lo em circulação e, é claro, algumas pessoas, que não conhecem os ideais feministas, tomam como tal e orgulhosamente repetem.

     Sinceramente rezo pra que os dentistas, artistas, estudantes ou seus companheiros, que possuem um substantivo comum de dois gêneros para os definir, não arquitetem uma jogada de marketing, ou não despertem o desejo louco e gramaticalmente injustificável de separar-se os gêneros para criarem duas palavras. Espero ainda mais que, se forem criadas, não sejam horrivelmente chatas de se ouvir. A língua não deve se curvar à interesses, os interesses que devem se curvar à língua e às suas regras.

    No mais, acho que ações maiores devem ser feitas pra buscar a igualdade entre os dois gêneros, e uma ação bizarra como o uso de um termo ‘feio’ como este, não ajuda, só atrapalha. Porque, além de não ajudar em nada, só força à língua e o povo à uma adaptação inútil. Aliás, nem gosto de gramática!

15 fevereiro 2011 0 comentários

A Prova Mais Bizarra’

   image Era uma vez, em uma escola nada exemplar, uma aluna nada inteligente, uma professora nada paciente, juntos em uma prova de recuperação. O resultado? A prova mais Bizarra de todas.

    Li e reli por diversas vezes o material, que circula livremente pela República Democrática da Internet, e juro que já mudei de opinião sobre ela em algumas ocasiões. Pela primeira, achava que a educação brasileira estava, com o perdão da palavra e sem ação da censura, ferrada. Da segunda, notei que havia certo tom de ironia nas respostas da aluna, como que fazendo uma provocação à sua educadora. Da terceira vez, bem, tive certeza que a burrice havia mesmo batido naquela casa, e ficado por lá. Que a vaca já estava no brejo!

    Veja a prova: Bizzarrô'

    Não vou negar que não ri, porque seria impossível não rir de uma situação como essa. Esse talvez tenha sido o zero mais merecido da história de todos os zeros. Aconteceu um verdadeiro bate-boca via prova, um barraco de uma forma demasiada incomum. E, no final da avaliação, a discente desafia a professora, como num gesto de glória: “Arrazei. Quero ver a cinhora me reprovar agora”. Uma rima, um zero – repriso: mais que merecido. Tadinha, tão novinha e tão iludida quanto às coisas da vida.

     Contudo, o que mais me intrigou em toda essa história, foi como aquela caneta Bic – Sim, por que obviamente foi uma Bic – prestou-se ao papel de escrever todas aquelas barbaridades. Decerto que não se importou muito, até mesmo as Bic’s estão perdendo a vergonha e a classe que outrora tiveram. No mais, deixem-me ir, ainda tenho um enterro para comparecer: assassinaram a Língua Portuguesa.

11 fevereiro 2011 5 comentários

Gola 'V'

   É moda; imageinquestionavelmente é moda. Nunca fui de babar ovo pra modas, mas essa me cai bem, daí resolvi que babar ovo, dessa vez, não era pecado não, e não traía os meus princípios ideológicos – que são um pouco complicados de entender e os quais não tô afim de explicar (pq não sei explicar, é claro!). Isso por que se eu soubesse explicar, pensaria seriamente em modificá-los para se adequar à algumas coisas… Bem, isso não vem muito ao caso. O fato é que gosto da gola ‘V’.

    Ela se adequa muito bem ao meu corpo, dá um ‘tchan’ ao meu visu, e, da última vez que usei, algumas pessoas gostaram muito e até uma delas disse que eu tava Gatão'. Ah, eu nem me acho, né? A gola 'V’, num tamanho ‘P’ (sim, eu uso P e nem fica muito apertada…) deixa à mostra o contorno dos meus músculos naturais e nada flácidos. O “V” de Veja, pode olhar que eu deixo, não me incomodo e inda acho mor barato. Bem, vou parar com isso por aqui, por que senão minha modéstia morre e para no inferno por incompetência em vida. E, sinceramente, não desejo ver nada meu no inferno. Não gosto de lá!

    Noutras pessoas, também acho bacana esse decote masculino. Claro que não babo ovo, né? Seria muito pouco interessante se babasse. Primeiro, por que gosto do rótulo de hetero que carrego. Segundo, porque seria muito nojento andar babando por ai toda vez que visse uma camisa gola ‘V’ – ia parecer um cachorro (inda bem q sei cuspir!). Uma vaca, por exemplo, não sabe cuspir.

    Contudo, tem umas pessoas que tem o prazer do exagero. Que não tem noção o suficiente pra maneirar, pra pegar leve e se encaixar no perfil da boa dosagem. Gente assim não tem pudor, quer chamar a tensão com a clássica frase: ”Cheguei! Tô aqui e quero atenção”. Exageram na gola até que nem pareça mais um V e sim um ‘B’, de Berração! Sim, por que não é aberração não, ultrapassa isso pra ser berração, de berrar, da camisa gritar pra gente uma coisa pior que grito de bebê. Seria cômico, se não fosse trágico.

     Outra característica de pessoa sem noção é usar um decote ‘V’ e não depilar os mamilos. A gente tem mesmo que olhar aquele tufo de cabelo rompendo os limites da camisa para se exibir, como se fosse algo bom? Meu amigo, com prestobarba não fica tão bom não, mas ninguém jamais morreu por causa disso. Bem, se noção vendesse em litro, camisinha não era tabu, e sexo era respeitado.

    Mas, o q fazer com aqueles que ignoram os limites do bom-senso? Bem, pau q nasce torto é problema de alguém, q não sou eu. Logo, como tenho noção pra algumas coisas, ando desfilando de gola ‘V’ por aí, e já ando fazendo planos de aumentar minha coleção e arrasar entre o público feminino, que sempre foi e sempre será a mais bela plateia, aquele que realmente importa!

08 fevereiro 2011 0 comentários

Pitacos Meus’

Desastre!     
   
Não existe título melhor para citar e escrever sobre o acontecido na Região Serrana do Rio de Janeiro; ou melhor,image eu não consegui achar outro que descrevesse o sentimento de todo brasileiro, de todo ser humano, quando lê, vê  e/ ou ouve falar da tragédia que se deu por lá.  Foi algo que ultrapassou os limites da horribilidade, do espanto, para entrar, profundamente,  no terreno da compaixão, para que a necessidade de ajudar ganhasse ainda mais força em um povo tão bondoso como nós, brasileiros.

    Ao todo, foram cerca de 870 mortes, e mais de 35 mil desabrigados. Alagamentos, deslizamentos de terras, soterramentos, doenças após as chuvas. Inúmeros os motivos, inúmeros os culpados. Não se deve creditar apenas à tempestade, um fenômeno natural, a culpa. Ela deve ser dividida, principalmente, entre o governo, que não realizou as ações necessárias para evitar esse tipo de tragédia, e à própria população, que, ciente dos riscos, ainda constrói em locais impróprios e desafia a força da natureza.

     Em casos como esse, deve haver uma comunicação mais rápida e eficaz entre governo e povo, além da necessidade de um plano de emergência para evacuar as áreas de maior risco. Mas, acima de tudo, deve acontecer uma série de medidas de precaução para abrandar as tragédias proporcionadas por os próximos fenômenos naturais semelhantes à este, que certamente virão. Por ora, resta prosseguir com a reconstrução do que foi destruído, e ajudar a quem precisa de auxílio, material e emocionalmente.

Apagão’

   image     Ligaram-se os candeeiros, pois as luzes se apagaram. Em algum lugar do mundo, alguém deve ter pensado: “Faltou luz no Nordeste”. Como imaginar uma terra tão brilhante e tão intensa sem luz? Pois bem, não foi a luz quem faltou com sua presença, mas a energia elétrica sumiu e passou um bom tempo sumida, até que alguém à trouxe de volta, puxada pela orelha. Coisinha teimosa, vive fugindo! Mas, a culpa é dela se deixam os portões abertos?

    Em partes de 8 estados do Grande Nordeste brasileiro, não houve energia elétrica por um tempo. Uns problemas em uma linha de transmissão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, informou a Globo News, e mais o desarme do sistema de mais três usinas. Pequenos problemas, enormes consequências.

    O show da Ivete foi atrasado no Festival de Verão, o que já é uma puta sacanagem com os turistas e conterrâneos que lá estavam. Putz, atrasar logo o show mais esperado? Aquele que valeu inúmeros ingressos pra uma das festas mais esperadas do Brasil. Aliás, do Brasil não… Da BAHIA!

    Além disso, há o dinheiro perdido. Não sei muito bem os números, mas o país perde uma boa quantia a cada minuto que se passa sem eletricidade. Será que houve um saudosismo dos tempos de apagão, tão frequentes no passado brasileiro? Ou a saudade foi do candeeiro, quase aposentado?  Vai saber…

    Eu fico com a terceira hipótese. O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anda se empenhando pra desbancar Fernando Haddad, como o ministro que mais dá explicações pra erros no governo. Enquanto essa competição se arrasta, o povo tem calafrios, e a tia Dilma não dorme muito bem. 

Amor Em 4 Atos;

    Essa foi, pra mim, sem dúvida alguma, imagea maior surpresa da televisão brasileira nos últimos tempos. Não que esperasse pouco ou desdenhasse, ao contrário, esperava bastante, esperava demais, visto que o propósito do projeto era grandioso, mas, ainda assim, foi tão bom que conseguiu me surpreender.

    A microssérie começou de forma exímia e fechou-se com uma chave de ouro tão brilhante que me ofuscou os olhos e deixou saudades, um gostinho de quero mais. O amor em quatro faces diferentes, um amor verdadeiramente romântico, bonito de ver, ambicionado.

    Os atores selecionados deram um show de interpretação, assim como os autores dos episódios, que conseguiram construir textos maravilhosos. As direções dos 4 atos foram colocados em ótimas mãos e tudo casou perfeitamente para tornar-se o que foi. Construção, Ela Faz Cinema, Mil Perdões, Folhetim e As Vitrines, bases para os episódios, foram bem representadas e bem postas ao decorrer da trama.

    Dizem que se constitui numa homenagem ao Chico Buarque, e eu discordo plenamente dessa afirmação. Realmente não entendo a microssérie como homenagem, e sim como um presente dado aos telespectadores. Um presente, com açúcar, com afeto, e retribuído com uma boa audiência e uma boa repercussão na mídia, além das boas críticas que recebeu. Enfim, um presente, cujo principal ingrediente foi a obra daquele que é, sem dúvida alguma, um dos mais influentes moradores do Olimpo Musical Brasileiro. Foram 5 músicas, e o Chico ainda tem pra mais de 300 letras… Cabe mais, certo?   

Repeteco! 

    Já dizem os mais críticos que as novelas de Manoel Carlos são repetições das anteriores com algumas imagepequenas mudanças. Eu vou além. As novelas brasileiras, aquelas impontuais e tão respeitadas, estão se tornando um grande repeteco, pelo menos é a tendência indicada por as duas últimas novelas das 8 – que começam às 9 – e a que está no ar no momento. Mudam-se os atores, mudam-se os cenários, mas acaba sendo tudo a mesma mesmice.

    ‘Viver a Vida’ foi criticada por ser mais um repeteco do Manoel. ‘Passione’ até que começou bem, mas acabou se tornando monótona demais, previsível demais. Eu podia jurar que adivinharia o que aconteceria no capítulo seguinte, sem nem cogitar abrir um dos exemplares de resumos que lotam as bancas e vivem se proliferando pela internet.

    ‘Insensato Coração’, por sua vez, já começou com problemas. Os atores, cujos papéis eram os principais, tiveram que ser trocados, e, além disso, seu primeiro capítulo marcou apenas 37 pontos de audiência, a segunda menor média de uma estreia de uma novela do horário das oito. Começou vazia e continua vazia, não me chama a atenção e, segundo os números do Ibope, não anda chamando a atenção de muita gente também. A Paola Oliveira anda salvando o trio de protagonistas de ser um desastre absoluto; veteranos atores como Antônio Fagundes e José Wilker andam sustentando e arrastando a telenovela, cujo brejo seria tornar-se, como sua antecessora, chata e previsível.

    A situação chegou num ápice tão absurdo que as novas novelas da Record e Globo tem sinopses parecidas! “Navegantes” de Lauro César Muniz, tem o enredo semelhante, quase idêntico, à "Filha do Mar", substituta de “Fina Estampa” – que por sua vez substituirá ‘Insensato’ - no horário nobre Global.

     Manoel Carlos, Gilberto Braga e Sílvio de Abreu, grandes e respeitados autores, que me desculpem, mas acabaram errando a mão, pelo menos em suas últimas obras. Enfim, não vejo inovação nos formatos das novelas, ou pelo menos uma evidente, desde o trio Duas Caras, A Favorita e Caminho das Índias. No mais, é o repeteco que nasceu e vem crescendo nas telenovelas brasileiras.

    Resta a torcida pra que ‘Fina Estampa’ e as suas sucessoras inovem, mudem,  e novamente levem os espectadores aos sofás antes do BBB, das séries. Autor pra isso tem, e o título já me deixa entusiasmado. Repito: as telenovelas estão se tornando iguais, um repeteco. O que era uma pena, já que gostava muito da época em que a única real semelhança entre elas era a rixa, que alimentavam junto ao futebol.  

Sra. Presidente!

image    Quando Dilma foi eleita, insistia em alguns papos que tive, que não era um fato isolado e sim uma tendência. As mulheres estão cada vez mais presentes nos maiores cargos políticos e, se houvesse um gráfico pra representar isso, ele estaria subindo quase que verticalmente.

     Uma das últimas grandes conquistas femininas no Brasil foi o cargo supremo daquele que é considerado o maior clube esportivo do país. Patrícia Amorim, ex-nadadora e 28 vezes campeã brasileira, além de quebrar por diversas vezes recordes sul-americanos e participar de uma Olímpiada, foi eleita e exerce o mandato de presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Preside uma nação com algo entre 33 e 40 milhões (apenas no Brasil) de torcedores (a maior do mundo – dados da FIFA) e uma das marcas mais valiosas do país.

    Vale frisar na conquista da ex-atleta, que exerce um dos cargos mais importantes dentro do futebol brasileiro, que é, de forma machista falando, um esporte ainda masculino. Contudo, o faz com uma fibra impressionante e que traz à sua imagem um respeito e uma admiração digna de um grande líder.

    Sua eleição causou estranheza, desconfiança, e até mesmo preconceito por parte de alguns. Diziam que ela não suportaria a pressão de comandar um clube com a grandeza do Flamengo. Em seu primeiro ano de mandato, viu de perto o lado ruim do cargo: o Flamengo foi muito mal no futebol e as críticas, claro, pousaram, em grande parte, sobre as costas da presidente e do seu jovem mandato.

   Contudo, numa super jogada de marketing e esperteza, Patrícia Amorim reverteu as críticas e cativou, pelo menos por enquanto, toda a torcida rubro-negra. A presidente envolveu-se na ‘Novela Ronaldinho Gaúcho’, agiu com descrição, cautela e conseguiu fazer aquela que á considerada a maior contratação da história do futebol brasileiro dos últimos tempos, jogando novamente o clube nas manchetes dos principais jornais e noticiários mundo à fora. Além de Ronaldinho, trouxe outros reforços e transformou o Flamengo de candidato à coadjuvante nos torneios que disputaria, em principal favorito.

    Faz um mandato que vem sendo considerado um exemplo. É, visivelmente, querida entre os atletas. Conseguiu trazer César Cielo para o Flamengo e mantê-lo por aqui. Vem promovendo reformas nas estruturas do clube e, dizem, pagando a enorme dívida milionária do rubro-negro brasileiro.

    Além de tudo, sob a gestão da presidente, o Flamengo poderá dar, nos próximos meses, um grande passo. Há o projeto pra que aconteça o futebol feminino na Gávea, pra que o Flamengo entre como um grande clube também entre o futebol das mulheres e fortaleça esse ramo do esporte mais querido do mundo, aqui no Brasil. Para isso, resta, praticamente, apenas a assinatura dela, a Sra. Presidente.

*R10*

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    A ‘Novela Ronaldinho Gaúcho’ rendeu uma audiência enorme, mas nem de longe foi uma coisa boa de se ver. Ao contrário, se eu pudesse escolher, só veria o capítulo final. Mas, não deu, tive que ver todos os capítulos mesmo, porque os autores simplesmente não anunciaram a data no fim do folhetim. Sacanagem, né?

    Puxei os cabelos, gritei, temi o pior, e mais inúmeras emoções foram despertadas em mim por essa novela, ou deveria chamar de leilão? Porque foi o que aconteceu. Quando decidiu que queria jogar no Brasil, o conhecido e espetacular jogador gaúcho, tinha inúmeras opções. Qual clube não o queria em seu elenco? Porém, para muitos não havia condições de bancar o craque dentuço e restaram três opções, ou melhor, quatro.

    Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Corinthians (esse já entrou no final, e para muitos nem entrou), travaram uma guerra pelo craque, e minhas unhas foram vítimas importantes desse embate de gigantes. Durante dias de aflição, o favorito pra levar o craque mudava. O Grêmio chegou a montar uma festa pra anunciá-lo (depois desmontou a comemoração – um dos maiores vexames da história dos tricolores). O Palmeiras dizia ter a melhor proposta e dava com certo o acerto. Mas, no dia do meu aniversário, exatamente no dia do meu aniversário, veio a confirmação: Ronaldinho Gaúcho era do Flamengo.

     Obviamente que escolheu o Flamengo, por ienes razões: somos os únicos bem-vestidos desse país, e o nosso Manto Sagrado era a única camisa que cairia bem ao craque; temos a maior torcida do mundo, o que tornaria o camisa 10 ainda mais popular, e somos o caminho mais fácil do craque em seu retorno magnânimo à Seleção Brasileira.  Claro que não vou citar todos, não é?

     O fato é que senti, junto com os queridos companheiros de Nação, os tais 35 milhões de rubro-negros, meus pelos se eriçarem e a emoção aflorar (não confundam com o sentimento dos tricolores - todos eles) com a espetacular festa que preparamos para recepcionar o craque dos dentes tortos, e com a sua retribuição – curvar-se para nossa magnânima torcida, declarar amor ao clube, beijar o escudo e demonstrar vontade, raça, além de uma demonstração da sua conhecida classe. Ele é classudo!

     Não fez gol, mas nos encantou em seu primeiro jogo. O showman brincou de jogar bola, correu, tentouimage os passes e em uma linda cobrança de falta, chegou perto de balançar as redes na estreia. Ficamos no aguardo pelo jogo de domingo e, em nosso ímpeto de vencedores – q somos – já sabíamos que ele faria o dele. Obviamente que não nos enganamos. Jogou melhor que na quarta, mostrou que tá evoluindo e, quando um atacante do Fla adentrou o terreno sempre habitado da área adversária e o juiz, nas raras vezes que acertou, marcou o pênalti, essas letras se juntaram na minha cabeça, na frase mais irônica que produzi em muito tempo: “E agora, quem bate?”.

     O menino foi à bola, e ai, meu amigo, o goleiro é o cara mais azarado do mundo. Caiu prum lado e a redonda morreu do outro. O “menino” Ronaldinho brinca de jogar, e sabe como tratar a pelota. Depois que parei de gritar, pular e correr, deu pra ouvir um flamenguista gritar, aqui próximo de casa: “Issaê Dente de Buceta! Arrebenta, caralho!”… Ué, tá esperando o que pra brilhar ainda mais, *R10*?

-Pitacos Meus-

     Post grande… Comecei a fazer e, quando vi, já estava grande assim. Talvez tenha me empolgado por a ótima audiência do último post (ele foi o segundo mais lido, desde a reformulação do blog) e, embasado pelo meu vício de postar e por a alegria que isso me trás, desandei a escrever.

    Ao contrário do que era previsto, mudei um pouco o post de hoje. Ao invés de fazer um “Acontecimentos Passados [2]”, resolvi dar meus pitacos sobre alguns temas. Não queria falar de política, mas acabei falando, não queria fazer humor, mas acabei fazendo. Contudo, como sou errático, tô perdoado, não tô? Saudações, e até a próxima postagem… Até sexta! XD

04 fevereiro 2011 2 comentários

Acontecimentos Passados

Sra. Presidente!  image
   
Dilma assumiu como presidente do Brasil e, confesso, não senti a troca presidencial ainda. É tudo a mesma mesmice de outrora, que era boa, mas fica a expectativa de melhora, de inovação em algumas áreas que ainda são carentes de novos projetos e novas ações. Esperamos que a voz de uma mulher no cargo supremo da política brasileira não seja apenas igual a de um homem, por mais que esse homem em questão tenha sido bom o suficiente.

Papel De Ex.

   image Ele realmente parece não estar gostando de ser um ex. Embora seja nítido o alívio que as férias lhe trazem e a leveza com a qual a ausência da faixa presidencial lhe deixa, Luiz Inácio Lula Da Silva ainda não se acostumou ao quase ócio da nova vida. Tanto que não se acostumou, que não se entregou ao parcial esquecimento – típico e necessário para um ex-presidente.

    Sim, típico e necessário. Não é legal ver um ‘ex’ dando pitaco na atual relação, mesmo que seja favorável. No caso, não é legal ver alguém que já teve o poder em mãos, e que poderia ter feito tudo, elogiar ou criticar o atual governo. No caso, cabe ao Lula não se reunir com o Fernando Henrique para aprender como ser um bom ex-presidente, por que, afeições à parte, FH nunca foi e não é. Aliás, cabe ao Lula não procurar um professor para isso aqui no Brasil, pois não há.

Repeteco!

   A maioria das repetições cansa, isso é fato. Ainda mais quando se repetem erros absurdos que ninguém suporta. É isso que volta e meia vive imageacontecendo no Ministério da Educação. Erros que poderiam ser evitados com medidas um tanto quanto simples. E, o que mais me intrigou e me chateou na escolha do novo ministério, foi a escolha de Fernando Haddad para continuar à frente da pasta da Educação. Porque, embora não seja o Ministro o culpado por tudo o que está acontecendo, é responsabilidade do ministro a busca de inovações e soluções. É dele o cargo máximo do ministério e dele as responsabilidades sobre os seus comandados. Ou seja, não é ele o culpado, mas acaba sendo e é. Enfim, acho que todos estamos de comum acordo que pedir a cabeça do Ministro Haddad não é injustiça, é solução para alguns problemas. Creio que Cristovam Buarque seria o melhor nome para a pasta nesse momento.

SISU 

Sistema Impossível de Ser Usado

  A mais nova falha do Ministério é bem conhecida: um site de inscrições congestionado e inúmeros estudantes puxando os cabelos de aflição. O site do SISU esteve inacessível, não serviu o seu propósito para muita gente e, conheço pessoas que desistiram de seimage inscrever pelo estresse que acabou sendo a ‘busca’ pela inscrição. Antes, durante e depois do teste ocorreram erros que prejudicaram os interessados. Além disso, aqueles que deveriam explicar, deram justificativas vagas e procuraram minimizar os problemas. Enfim, toda vez que o Haddad aparece na TV, ou nos noticiários da net, já me dá um enorme frio na barriga e um pensamento me é despertado: “Mais um erro!”.
    Fica pergunta: Se o site da Receita Federal aguenta um número extraordinário de internautas loucos para declarar o Imposto de Renda em última hora, e inúmeros outros sites ficam no ar com um número maior de pessoas, por que o Ministério da Educação, o MEC e os outros órgãos não seguem o exemplo?

-Acontecimentos Passados-

    O post de hoje quis abordar os acontecimentos passados no ramo da política. Enfim, um post político. No próximo post haverá um segundo ‘Acontecimentos Passados’, que fugirá da política para outros ramos. Até terça!

01 fevereiro 2011 1 comentários

A Volta Do Errático

    As férias, enfim, acabaram. Enfim, por que já não aguentava o ócio. Ele ficava aqui, querendo me fazer companhia, tentando ocupar todo o meu tempo… Não dá, embora ele seja simpático no começo, acaba se tornando chato depois. Então, vamos voltar à velha rotina, pra q depois passarmos a poder reclamar dela também.

    O Errático volta das férias assim como foi, exceto pelo novo visual e por algumas pequenas modificações, que os leitores notarão com o tempo. Os acontecimentos que rolaram durante o tempo em que ficamos fora, também serão comentados. Nada deve passar, e vamos tocar esse barco. Vejamos a volta do Errático.

 
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