Desastre!
Não existe título melhor para citar e escrever sobre o acontecido na Região Serrana do Rio de Janeiro; ou melhor, eu não consegui achar outro que descrevesse o sentimento de todo brasileiro, de todo ser humano, quando lê, vê e/ ou ouve falar da tragédia que se deu por lá. Foi algo que ultrapassou os limites da horribilidade, do espanto, para entrar, profundamente, no terreno da compaixão, para que a necessidade de ajudar ganhasse ainda mais força em um povo tão bondoso como nós, brasileiros.
Ao todo, foram cerca de 870 mortes, e mais de 35 mil desabrigados. Alagamentos, deslizamentos de terras, soterramentos, doenças após as chuvas. Inúmeros os motivos, inúmeros os culpados. Não se deve creditar apenas à tempestade, um fenômeno natural, a culpa. Ela deve ser dividida, principalmente, entre o governo, que não realizou as ações necessárias para evitar esse tipo de tragédia, e à própria população, que, ciente dos riscos, ainda constrói em locais impróprios e desafia a força da natureza.
Em casos como esse, deve haver uma comunicação mais rápida e eficaz entre governo e povo, além da necessidade de um plano de emergência para evacuar as áreas de maior risco. Mas, acima de tudo, deve acontecer uma série de medidas de precaução para abrandar as tragédias proporcionadas por os próximos fenômenos naturais semelhantes à este, que certamente virão. Por ora, resta prosseguir com a reconstrução do que foi destruído, e ajudar a quem precisa de auxílio, material e emocionalmente.
Apagão’
Ligaram-se os candeeiros, pois as luzes se apagaram. Em algum lugar do mundo, alguém deve ter pensado: “Faltou luz no Nordeste”. Como imaginar uma terra tão brilhante e tão intensa sem luz? Pois bem, não foi a luz quem faltou com sua presença, mas a energia elétrica sumiu e passou um bom tempo sumida, até que alguém à trouxe de volta, puxada pela orelha. Coisinha teimosa, vive fugindo! Mas, a culpa é dela se deixam os portões abertos?
Em partes de 8 estados do Grande Nordeste brasileiro, não houve energia elétrica por um tempo. Uns problemas em uma linha de transmissão da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, informou a Globo News, e mais o desarme do sistema de mais três usinas. Pequenos problemas, enormes consequências.
O show da Ivete foi atrasado no Festival de Verão, o que já é uma puta sacanagem com os turistas e conterrâneos que lá estavam. Putz, atrasar logo o show mais esperado? Aquele que valeu inúmeros ingressos pra uma das festas mais esperadas do Brasil. Aliás, do Brasil não… Da BAHIA!
Além disso, há o dinheiro perdido. Não sei muito bem os números, mas o país perde uma boa quantia a cada minuto que se passa sem eletricidade. Será que houve um saudosismo dos tempos de apagão, tão frequentes no passado brasileiro? Ou a saudade foi do candeeiro, quase aposentado? Vai saber…
Eu fico com a terceira hipótese. O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anda se empenhando pra desbancar Fernando Haddad, como o ministro que mais dá explicações pra erros no governo. Enquanto essa competição se arrasta, o povo tem calafrios, e a tia Dilma não dorme muito bem.
Amor Em 4 Atos;
Essa foi, pra mim, sem dúvida alguma, a maior surpresa da televisão brasileira nos últimos tempos. Não que esperasse pouco ou desdenhasse, ao contrário, esperava bastante, esperava demais, visto que o propósito do projeto era grandioso, mas, ainda assim, foi tão bom que conseguiu me surpreender.
A microssérie começou de forma exímia e fechou-se com uma chave de ouro tão brilhante que me ofuscou os olhos e deixou saudades, um gostinho de quero mais. O amor em quatro faces diferentes, um amor verdadeiramente romântico, bonito de ver, ambicionado.
Os atores selecionados deram um show de interpretação, assim como os autores dos episódios, que conseguiram construir textos maravilhosos. As direções dos 4 atos foram colocados em ótimas mãos e tudo casou perfeitamente para tornar-se o que foi. Construção, Ela Faz Cinema, Mil Perdões, Folhetim e As Vitrines, bases para os episódios, foram bem representadas e bem postas ao decorrer da trama.
Dizem que se constitui numa homenagem ao Chico Buarque, e eu discordo plenamente dessa afirmação. Realmente não entendo a microssérie como homenagem, e sim como um presente dado aos telespectadores. Um presente, com açúcar, com afeto, e retribuído com uma boa audiência e uma boa repercussão na mídia, além das boas críticas que recebeu. Enfim, um presente, cujo principal ingrediente foi a obra daquele que é, sem dúvida alguma, um dos mais influentes moradores do Olimpo Musical Brasileiro. Foram 5 músicas, e o Chico ainda tem pra mais de 300 letras… Cabe mais, certo?
Repeteco!
Já dizem os mais críticos que as novelas de Manoel Carlos são repetições das anteriores com algumas pequenas mudanças. Eu vou além. As novelas brasileiras, aquelas impontuais e tão respeitadas, estão se tornando um grande repeteco, pelo menos é a tendência indicada por as duas últimas novelas das 8 – que começam às 9 – e a que está no ar no momento. Mudam-se os atores, mudam-se os cenários, mas acaba sendo tudo a mesma mesmice.
‘Viver a Vida’ foi criticada por ser mais um repeteco do Manoel. ‘Passione’ até que começou bem, mas acabou se tornando monótona demais, previsível demais. Eu podia jurar que adivinharia o que aconteceria no capítulo seguinte, sem nem cogitar abrir um dos exemplares de resumos que lotam as bancas e vivem se proliferando pela internet.
‘Insensato Coração’, por sua vez, já começou com problemas. Os atores, cujos papéis eram os principais, tiveram que ser trocados, e, além disso, seu primeiro capítulo marcou apenas 37 pontos de audiência, a segunda menor média de uma estreia de uma novela do horário das oito. Começou vazia e continua vazia, não me chama a atenção e, segundo os números do Ibope, não anda chamando a atenção de muita gente também. A Paola Oliveira anda salvando o trio de protagonistas de ser um desastre absoluto; veteranos atores como Antônio Fagundes e José Wilker andam sustentando e arrastando a telenovela, cujo brejo seria tornar-se, como sua antecessora, chata e previsível.
A situação chegou num ápice tão absurdo que as novas novelas da Record e Globo tem sinopses parecidas! “Navegantes” de Lauro César Muniz, tem o enredo semelhante, quase idêntico, à "Filha do Mar", substituta de “Fina Estampa” – que por sua vez substituirá ‘Insensato’ - no horário nobre Global.
Manoel Carlos, Gilberto Braga e Sílvio de Abreu, grandes e respeitados autores, que me desculpem, mas acabaram errando a mão, pelo menos em suas últimas obras. Enfim, não vejo inovação nos formatos das novelas, ou pelo menos uma evidente, desde o trio Duas Caras, A Favorita e Caminho das Índias. No mais, é o repeteco que nasceu e vem crescendo nas telenovelas brasileiras.
Resta a torcida pra que ‘Fina Estampa’ e as suas sucessoras inovem, mudem, e novamente levem os espectadores aos sofás antes do BBB, das séries. Autor pra isso tem, e o título já me deixa entusiasmado. Repito: as telenovelas estão se tornando iguais, um repeteco. O que era uma pena, já que gostava muito da época em que a única real semelhança entre elas era a rixa, que alimentavam junto ao futebol.
Sra. Presidente!
Quando Dilma foi eleita, insistia em alguns papos que tive, que não era um fato isolado e sim uma tendência. As mulheres estão cada vez mais presentes nos maiores cargos políticos e, se houvesse um gráfico pra representar isso, ele estaria subindo quase que verticalmente.
Uma das últimas grandes conquistas femininas no Brasil foi o cargo supremo daquele que é considerado o maior clube esportivo do país. Patrícia Amorim, ex-nadadora e 28 vezes campeã brasileira, além de quebrar por diversas vezes recordes sul-americanos e participar de uma Olímpiada, foi eleita e exerce o mandato de presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Preside uma nação com algo entre 33 e 40 milhões (apenas no Brasil) de torcedores (a maior do mundo – dados da FIFA) e uma das marcas mais valiosas do país.
Vale frisar na conquista da ex-atleta, que exerce um dos cargos mais importantes dentro do futebol brasileiro, que é, de forma machista falando, um esporte ainda masculino. Contudo, o faz com uma fibra impressionante e que traz à sua imagem um respeito e uma admiração digna de um grande líder.
Sua eleição causou estranheza, desconfiança, e até mesmo preconceito por parte de alguns. Diziam que ela não suportaria a pressão de comandar um clube com a grandeza do Flamengo. Em seu primeiro ano de mandato, viu de perto o lado ruim do cargo: o Flamengo foi muito mal no futebol e as críticas, claro, pousaram, em grande parte, sobre as costas da presidente e do seu jovem mandato.
Contudo, numa super jogada de marketing e esperteza, Patrícia Amorim reverteu as críticas e cativou, pelo menos por enquanto, toda a torcida rubro-negra. A presidente envolveu-se na ‘Novela Ronaldinho Gaúcho’, agiu com descrição, cautela e conseguiu fazer aquela que á considerada a maior contratação da história do futebol brasileiro dos últimos tempos, jogando novamente o clube nas manchetes dos principais jornais e noticiários mundo à fora. Além de Ronaldinho, trouxe outros reforços e transformou o Flamengo de candidato à coadjuvante nos torneios que disputaria, em principal favorito.
Faz um mandato que vem sendo considerado um exemplo. É, visivelmente, querida entre os atletas. Conseguiu trazer César Cielo para o Flamengo e mantê-lo por aqui. Vem promovendo reformas nas estruturas do clube e, dizem, pagando a enorme dívida milionária do rubro-negro brasileiro.
Além de tudo, sob a gestão da presidente, o Flamengo poderá dar, nos próximos meses, um grande passo. Há o projeto pra que aconteça o futebol feminino na Gávea, pra que o Flamengo entre como um grande clube também entre o futebol das mulheres e fortaleça esse ramo do esporte mais querido do mundo, aqui no Brasil. Para isso, resta, praticamente, apenas a assinatura dela, a Sra. Presidente.
*R10*
A ‘Novela Ronaldinho Gaúcho’ rendeu uma audiência enorme, mas nem de longe foi uma coisa boa de se ver. Ao contrário, se eu pudesse escolher, só veria o capítulo final. Mas, não deu, tive que ver todos os capítulos mesmo, porque os autores simplesmente não anunciaram a data no fim do folhetim. Sacanagem, né?
Puxei os cabelos, gritei, temi o pior, e mais inúmeras emoções foram despertadas em mim por essa novela, ou deveria chamar de leilão? Porque foi o que aconteceu. Quando decidiu que queria jogar no Brasil, o conhecido e espetacular jogador gaúcho, tinha inúmeras opções. Qual clube não o queria em seu elenco? Porém, para muitos não havia condições de bancar o craque dentuço e restaram três opções, ou melhor, quatro.
Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Corinthians (esse já entrou no final, e para muitos nem entrou), travaram uma guerra pelo craque, e minhas unhas foram vítimas importantes desse embate de gigantes. Durante dias de aflição, o favorito pra levar o craque mudava. O Grêmio chegou a montar uma festa pra anunciá-lo (depois desmontou a comemoração – um dos maiores vexames da história dos tricolores). O Palmeiras dizia ter a melhor proposta e dava com certo o acerto. Mas, no dia do meu aniversário, exatamente no dia do meu aniversário, veio a confirmação: Ronaldinho Gaúcho era do Flamengo.
Obviamente que escolheu o Flamengo, por ienes razões: somos os únicos bem-vestidos desse país, e o nosso Manto Sagrado era a única camisa que cairia bem ao craque; temos a maior torcida do mundo, o que tornaria o camisa 10 ainda mais popular, e somos o caminho mais fácil do craque em seu retorno magnânimo à Seleção Brasileira. Claro que não vou citar todos, não é?
O fato é que senti, junto com os queridos companheiros de Nação, os tais 35 milhões de rubro-negros, meus pelos se eriçarem e a emoção aflorar (não confundam com o sentimento dos tricolores - todos eles) com a espetacular festa que preparamos para recepcionar o craque dos dentes tortos, e com a sua retribuição – curvar-se para nossa magnânima torcida, declarar amor ao clube, beijar o escudo e demonstrar vontade, raça, além de uma demonstração da sua conhecida classe. Ele é classudo!
Não fez gol, mas nos encantou em seu primeiro jogo. O showman brincou de jogar bola, correu, tentou os passes e em uma linda cobrança de falta, chegou perto de balançar as redes na estreia. Ficamos no aguardo pelo jogo de domingo e, em nosso ímpeto de vencedores – q somos – já sabíamos que ele faria o dele. Obviamente que não nos enganamos. Jogou melhor que na quarta, mostrou que tá evoluindo e, quando um atacante do Fla adentrou o terreno sempre habitado da área adversária e o juiz, nas raras vezes que acertou, marcou o pênalti, essas letras se juntaram na minha cabeça, na frase mais irônica que produzi em muito tempo: “E agora, quem bate?”.
O menino foi à bola, e ai, meu amigo, o goleiro é o cara mais azarado do mundo. Caiu prum lado e a redonda morreu do outro. O “menino” Ronaldinho brinca de jogar, e sabe como tratar a pelota. Depois que parei de gritar, pular e correr, deu pra ouvir um flamenguista gritar, aqui próximo de casa: “Issaê Dente de Buceta! Arrebenta, caralho!”… Ué, tá esperando o que pra brilhar ainda mais, *R10*?
-Pitacos Meus-
Post grande… Comecei a fazer e, quando vi, já estava grande assim. Talvez tenha me empolgado por a ótima audiência do último post (ele foi o segundo mais lido, desde a reformulação do blog) e, embasado pelo meu vício de postar e por a alegria que isso me trás, desandei a escrever.
Ao contrário do que era previsto, mudei um pouco o post de hoje. Ao invés de fazer um “Acontecimentos Passados [2]”, resolvi dar meus pitacos sobre alguns temas. Não queria falar de política, mas acabei falando, não queria fazer humor, mas acabei fazendo. Contudo, como sou errático, tô perdoado, não tô? Saudações, e até a próxima postagem… Até sexta! XD