24 maio 2011

Pré-conceito vs. Preconceito’

     Igualdade, Fraternidade e Amor!O preconceito existe, e esta verdade é irrefutável. Contudo, é irrefutável também a ideia de que foi se tornando, com o passar do tempo, modinha. Foi se tornando uma desculpa, um trampolim para pensamentos absurdos e ações puramente toscas, ingênuas e altamente destrutivas para a sociedade. Tudo isso põe em risco a nossa busca por igualdade, os nossos direitos civis e humanos, e, até mesmo, vejamos isto, a nossa língua.

     Na tentativa de combate à um mal que nasceu com nosso conceito de povo, ou até mesmo antes, no período colonial, vemos que ações contraproducentes e até mesmo prejudiciais são tomadas. Talvez a culpa deva ser creditada ao desespero, ou o desespero seja consequência da pressão aplicada por a situação àqueles que velam por nossas leis, e até mesmo em nós. Talvez seja só modinha.

     Os governos, ao invés de apostar na educação e mudar os alicerces da nossa sociedade, alterando os cursos dos menos favorecidos pelo passado, e drasticamente, investir de forma ultrarradical no combate à pobreza e à desigualdade, vai a vias dos caminhos mais fáceis e dão aos pobres, direitos e ajudas extras. Assim, separam ainda mais a sociedade em classes, e embora obtenham certo tipo de sucesso em seu objetivo, condenam o país à eterna desigualdade. Talvez porque educar fique mais caro. Talvez porque educar era já mais difícil. Talvez porque educar não seja preciso.

     Por que é isso o que está subentendido com as novas decisões do MEC. Livros que incitam o aprendizado da língua padrão, e determina que a sociedade se nivele por baixo, começam e começarão a ser distribuídos. Por que, é claro, criticar construtivamente em prol da educação e sabedoria do nosso povo e manutenção da Língua é agora chamado de preconceito. Aliás, tudo é chamado de preconceito, menos aquilo que deve ser.

     Porque não é preconceito separar a sociedade em raças, cores, origens e o diabo e favorecer uns e detrimento de outros, como se faz com algumas leis, com as cotas, não é mesmo? Por que não se fere o direito da livre expressão quando se proíbe o uso de termos para caracterizar uma pessoa, não é mesmo? Por que é normal obrigar-se o uso do termo ‘afrodescendente’ para designar pessoas pretas, negras, estou certo?

     Esquecem-se o real significado de preconceito. O conceito que é dado antes, por intuição, por rosto, por ideias. Não é preconceito desculpa para as loucuras do Congresso Nacional, ou loucuras agressivas de um povo prestes a ter um colapso em uma sociedade tão vulgar e desprovida de ética. Pré-conceito é uma coisa. Não confundamos com os novos conceitos que a palavra toma com as situações existentes. Estamos errados. Estamos todos errados.

     Não se passa pela cabeça daqueles que velam pelas leis, e de nós, povo, que estamos indo pelo caminho errado. Que só nos livraremos das desigualdades quando assumirmos que elas existem e quando tratarmos como normais. E isso vai acontecer naturalmente, educando-se, e com o convívio com a diversidade existente. Não adianta forçar, e para isso assassinar conceitos, fé e a nossa Língua. Não precisamos matar, para promover a paz. Não precisamos.

Pelo Fim do Preconceito!

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