07 agosto 2012

70Anos Caetanos;

      Caetano no Oscar. Lembro que uma parte do Brasil vivia a apresentação do músico na cerimônia máxima do cinema mundial como um evento de orgulho nacional, como se estivéssemos com ele, controlando cada timbre da sua voz marcante e colocando no tom o baiano que nunca desafina. Éramos todos nele, e ele era a cara do nosso Brasil.

      Quando subiu ao palco do Kodak Theatre, em Hollywood, ao lado da cantora mexicana Lila Downs, Caetano tornou-se o primeiro brasileiro a cantar em uma cerimônia de entrega do Oscar. Nós, que já tínhamos torcido por Fernanda Montenegro outrora, então torcíamos por o baiano, que elegantemente trajava um justo terno preto e se comportava como uma estrela.

     Estrela que, em mais de cinquenta anos de carreira, jamais deixou de brilhar. Entre altos e médios, Caetano jamais esteve longe do topo, dos holofotes da música brasileira, por ser a especial figura daquele que nunca se torna velho. Sem dúvidas, o baiano jamais sucumbiu à improdutividade – tão marcante em vários colegas seus – e jamais foi “a mesma mesmice”.

“O tempo não para e, no entanto, ele nunca envelhece”.

Caetano

     É talvez isso o que mais me impressiona em Caê: a capacidade de se reinventar. É mudar constantemente em uma inquietação ímpar, buscando sempre o novo, misturando formas e ritmos, fazendo poesias como quem brinca de fazer arte. É como fazer o excelente e calmo ‘A Foreign Sound’ (2004) e, logo após, cantar rock com o espetacular e premiado ’Cê’ (2006).

     Essa versatilidade mostra o porquê de Veloso ser considerado o maior artista brasileiro vivo, de ter sido oito vezes vencedor do Grammy Latino e duas vezes do Grammy. Ele é nada menos que cantor, compositor, poeta, cineasta, músico, escritor e tropicalista. Ele é a Bahia.

     E ainda não falei da vasta obra, das inúmeras músicas que fazem parte das nossas vidas, romântica ou politicamente falando, pois isso se dispensa. Não é necessário falar que é inesquecível e incontestável a obra, pois a própria  fala por si, e nem os inúmeros críticos anti-Caetano são capazes de oferecer argumentos plausíveis que a ponham em xeque.

     Hoje, portanto, comemoramos não só o aniversário de 70 anos de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, como também a vastidão de uma obra ímpar que marcou para sempre a cultura na qual vivemos e influenciou os rumos da música brasileira. Se hoje há música como conhecemos (e me refiro a músicas, de fato) é porque tivemos Caetano.

     Mais que respeitoso, e admirador, sou tiete. Ainda me recordo do meu primeiro amor quando ouço os versos embasados de ternura da música ‘Não Identificado’, ou do belíssimo e único show dele que eu tive o prazer de acompanhar (Zii & Zie, 2009). Ainda me recordam tantas coisas as canções que um dia ele fez pra mim, que de recordações escreveria um livro.

     Agora, porém, me resumo a esse artigo, e me despeço deixando essa singela homenagem àquele que mudou, muda e, sem dúvidas, mudará a música brasileira. Longa vida à Caetano Veloso e a boa música que ainda se faz nesse país. Feliz aniversário, Caetas!

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3 comentários:

Antonio Queiroz disse...

Salve Cae.
Vida longa a este camaleão da música brasileira.

Augusto Luiz disse...

Pois é, Antonio! Viva Caetano, e vida longa à ele! Como você bem disse: um camaleão! :D

paddeeiannacone disse...

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