19 novembro 2010

Um Abraço Negro

    Os humanos são burros. Outrora também; tanto que decidiram, certo dia, separar-se em classes/raças/grupos de burrice. Conquanto, os humanos eram tão igualmente burros que então não havia como separar-se. Precisavam de um detalhe que os diferenciar-se-ia e, aleatoriamente, escolheram a cor da pele; como também poderiam escolher o formato das orelhas, por exemplo.

    Os mais burros então foram aqueles que por julgar-se superiores (e no caso eram) gozavam dos menos. Isso se dava da seguinte forma: Os mais brancos eram os mais, enquanto os mais pretos, os menos. Porém, os menos resolveram achar que isso estava errado, e então decidiram recriminar a sua própria raça e raça dos outros. Isso culminou em uma grande guerra.african_singles

    Além de batalhas de ideologias e ideias (absurdas, é claro). Queriam definir quem eram os maiores, quem eram os mais burros (e, acreditem, achavam ser isso o máximo). Até que um dia, depois de inúmeros mortos e feridos, resolveram que não deviam mais brigar. A solução eram todos se declararem iguais. Bem que não deu certo pelo jeito com que fizeram: tentaram acabar com a discriminação descriminando, separando em grupos de privilégios (as cotas) e em leis específicas para alguns. Enfim, tudo se tornou uma grande confusão.

    Sobre a data de amanhã, o adjetivo ridícula cai bem pra ela; não precisamos de datas especiais para nenhuma raça, porque somos de uma raça só: a raça humana! E, pra você que lê isso agora, receba um abraço negro desse preto sem cor que você gosta. Porque preconceito mesmo é chamar preto de afro descente, como se a cor da pele dele, ou nossa, fosse um pecado que não devesse ser proferido.

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