16 novembro 2010

Bahêa, minha porra!

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    Não sou torcedor do Bahia, jamais fui. Porém, nos últimos anos venho aprendendo a ter uma admiração especial por esse clube. Talvez seja o sentimento de saudosismo por uma época em que o futebol na Bahia fazia-se notar, ou talvez a tendência/mania que temos de torcer por aquele clube mais fraco ou que está em situação complicada (claro que quando não envolve o seu time no jogo). Enfim, na Bahia não sou Bahia, não sou Vitória, admiro-os, somente.

    Sou Flamengo, e pretendo ter uma nega chamada Tereza!

    O fato é que a torcida do tricolor de aço, em todos esses anos, deu um baile nas adversidades (sete anos longe da primeira divisão do campeonato brasileiro) e, diante da confirmação do acesso à elite do futebol nacional, deu outro espetáculo em forma de festa. Por toda a Grande São Salvador, e ainda mais, por toda a Bahia ouvia-se ecoar um dos mais belos e apaixonados hinos da história, via-se a concretização de algo tão esperado e tão ansiado, emanava da bela torcida uma alegria bonita de ver e de se sentir.

    Sim, sentir. Porque a primeira divisão do campeonato de futebol brasileiro é onde devem estar os grandes clubes e, sem dúvida, o Esporte Clube Bahia é um dos grandes; e esse sentimento de justiça me faz sentir um pouco  tricolor, como deve acontecer com muitos.

    O clube tem uma história gloriosa, contudo passa por uma fase de recuperação. Não tem estrutura alguma, não tem uma gestão política sequer próxima do modelo exemplar, não conta com um elenco admirável, ou tem uma gama de patrocinadores fortes. Ainda engatinha e, torcemos todos, deve ser a primeira divisão um estímulo para que venha o Bahia a ter uma estrutura de um time grande, como para o futebol baiano voltar a ter o peso que outrora tivera. Isso é importante para o esporte como um todo.

    Aliás, é importante pra uma ruma de gente também; porque, afinal, muita gente tem o tricolor de aço como sua única e/ou maior paixão. Batem em vermelho, azul e branco milhares ou milhões de corações que gritam em um único coro: “Bahêa, minha porra!”.

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