Brown. Carlinhos Brown!

     Antônio Carlos Santos de Freitas. Reconheceria a figura, se um cidadão se apresentasse como um dos maiores compositores e cantores que a nossa querida Bahia tem? Se você não for um fãs bastante conhecedores dele, não, né?! É que seria bem mais fácil se ele se apresentasse somente por Brown. Carlinhos Brown.

     É que esse cara tem um jeito especial de cativar qualquer fã de uma boa música. Além de ser musicalmente um espetáculo, ele é uma daquelas pessoas pelas quais – e julgo apenas pelas entrevistas e aparições na televisão, além das músicas, é claro – não se pode sentir indiferença. Ou se gosta, ou não.

O que se torna fácil – gostar dele – já que Brown mostra-se sempre extremamente gentil e de uma simpatia imensa. E assim, já teria marcado, certamente, o seu nome em uma daquelas galerias em que a gente coloca o pessoal que pode até não ser tão bom no que faz, mas cativa já pelo jeito de lidar com o público.

Mas, ele não é só disso. É de uma carreira artística que o coloca, certamente, entre os melhores compositores baianos e, se não fosse já o bastante, entre os melhores cantores também, com um voz ímpar e, aos meus ouvidos – escutando “Tantinho” – muito bonita. Isso o tira da galeria proposta anteriormente, e o coloca em outra.

O coloca na galeria dos grandes, dos maiores. Carlinhos Brown é hoje o que se tem de melhor quando o assunto é compor para o Carnaval. Que o diga Ivete Sangalo, há anos alimentada pela grandeza do mestre musical baiano. É também um ótimo compositor fora dele. Além disso, é percussionista, produtor… Pouco? Faz mais!

     Com Marisa Monte e Arnaldo Antunes, formou um dos melhores conjuntos musicais que já vi em toda a minha vida. “Os Tribalistas” eram algo que cativavam já no primeiro momento. Além disso, foi gravado por Bethânia, Gal, Caetano… É difícil de prever qual o próximo passo que o baiano irá dar, o que fará.  

     Por que, diga-se, ele ainda tem muito pra render. No auge dos seus 49 anos, Carlinhos é uma explosão de criatividade e, ouso dizer, irá surpreender tanto os céticos, quanto aos próprios fãs. Quem ousaria dizer que representaria o Brasil no Oscar? Poucos. E ele o fez, com uma simplicidade incrível, simplicidade baiana! 

     Não ganhou. Azar do Oscar, que não coroou um gênio, um mestre da percussão. Mas, quem poderia afirmar que não vai concorrer de novo no ano que vem?Que fique claro uma coisa: O que Brown de de menos significativo em sua carreira, é o simples fato de ser genro de Chico Buarque. 

E você, o que acha de Carlinhos Brown? Erratifique!

Notinha de rodapé, pr’quela moça:  Você é assim: um sonho pra mim! Eu gosto de você, eu gosto de ficar com você. E meu riso é tão feliz contigo, dona moça…