04 abril 2013

Elas & Eu III

     Hoje é data especial. Hoje, simbolicamente, comemoramos três anos de amizade; a data, que teoricamente seria somente simbólica, é mais que isso: há muitas luas atrás, era por volta dessa data que passamos a conversar mais, nos ligar mais, nos fazer presentes um na vida do outro, e nos amar.

     E nada sinto hoje mais do que orgulho. Orgulho de poder comemorar essa data já imaginando a próxima, tamanha proximidade que insistimos em ter. Cada um dos dias é mais significativo do que o outro, e, sinto, que assim seguimos para o imprevisível: juntos, nos apoiando sempre como um tripé.

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     A distância, que muitos dizem ser a chave do fracasso, o sofrimento dos amantes, ou a tormenta dos corações, nada é para nós, senão detalhe. Talvez seja somente aquilo que alimente a saudade - aquela que sentimos vez em quando e que aperta o coração - sem nunca, porém, nos fazer sofrer.

     Porque elas, e eu também, nunca fomos dados ao sofrimento e às dores quando se trata de nós. E nós somos nós de marinheiro mesmo, entrelaçados um ao outro tanto quanto é possível, e dispondo de uma liberdade que nos faz, e sempre fez, sermos completamente diferentes, únicos, e bons juntos.

601397_2894104366995_1256231403_n     A distância, portanto, aqui não tem vez. Pois que o destino pôs Tâmara numa cidade, Fernanda noutra distante, e eu também, e em troca dessa crueldade, viu que umas das suas piores armas foram para nós absolutamente ou quase totalmente ineficientes. Somos, no teor da palavra, fodas.

     Nossas histórias estão emaranhadas, e nossas vidas não estão longe disso. Sabemos - e podemos contar - de tudo o que acontece um com o outro, de uma forma que esse próprio outro talvez não saiba. “Somos um só”, poderíamos dizer caso essa frase pequena pudesse resumir nós complexos.

     Os meus dois bês são uma baita quê-de-lindo; uma a preciosa jóia, a outra o irrefutável sorriso. Duas coisinhas que são impossíveis de não amar, e que poderiam fazer facilmente um louco desavisado viver por si e por seu bem-estar, sempre estando feliz e sorrindo fartamente por poder ajudá-las.

    Nós somos loucos: a verdade éIMG00009 modified (2) essa! Loucos, tanto que provas estão nossos três anos. Nesse meio tempo, pros que não nos conhece, viajamos juntos, casamos e dançamos quadrilha, incitamos revoluções, e já criamos modas, mudamos paradigmas e fizemos o diabo ter muito medo de nós três.

     Somos uma tríade, um terno, um laço de três corações. E não temos vergonha de dizer, pra qualquer sujeito que se apresente, pra qualquer descrente que duvide, pra qualquer maluco que conteste: os três, nós três, não imaginamos nossas vidas sem qualquer um de nós; somos importantes um para o outro, e, mesmo que pareçamos independentes, nossa felicidade individual interdepende da felicidade de cada um, da nossa infindável ternura.

Amo-as, como a mim mesmo e as levo sempre: com elas, onde elas estiverem.

Amores, a esse momento em que vocês leem este texto, já devo ter ligado para as duas, para dizer com a voz o que as palavras não são capazes de falar. Mas, deixo aqui outro recado: sou louco por vocês, e qualquer previsão que faça de mim inclui as duas, mesmo que faça chuva ou o dia não seja branco, mesmo no fim do mundo. Quero que saibam que sempre estarei aqui perto, para ser tudo o que vocês precisarem; mesmo que eu tenha de me reinventar, de me revirar, de me fazer em dois, estarei aqui: pro riso e pro conforto, pra crítica e o elogio, para a verdade e para todo o sentimento. Sinto saudades – ah, e quantas saudades! – e nada desejo mais do que tê-las ao alcance de um abraço tão logo. Vocês, tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo, são terra firme, o meu cais, meu bem, meu mal, minha inspiração. Minhas amigas, minhas irmãs, meus amores, minhas mulheres. Mandonas, loucas, – umas forças incontroláveis da natureza –; que beleza são vocês! Bandidas! Esperem-me, podem me esperar!, que quando pudermos mudar nossos destinos e as imposições do mundo, compensaremos todas as saudades e estaremos à zero metro de distância, apertados num abraço sufocante que só e somente nós sabemos dar. Amo-as, amo-as muito!”

{Tâmara, Augusto, Fernanda ; 04/04/2010 - ∞}

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